03 abril, 2013

Nem pensar, nem ouvir, nem ver, nem questionar... mas todos os dias há acções contra o pensamento único!

Sem perder os sentidos importa-lhes que os não use. A imposição de um pensamento único o recomenda. Na impossibilidade de seguir a recomendação, descobrem e utilizam práticas com elevada eficácia. Mostram o que querem mostrar, o que não se mostra não existe. Calam o que não pretendem que se oiça, do que não se fala não existe. Não se questione, as perguntas que não se colocam não existem. Nem existem as possíveis respostas.  
Vivemos tempos em que o pensamento difundido, vestindo vestes diferentes, aparenta a pluralidade das vestes ostentadas...  dentro, o mesmo corpo, parecendo outro. Assim, perante a aparência, se constrói a alternância...
Como romper o ciclo? Como fazer pensar, fazer ouvir, fazer ver, fazer falar? Como fazer para romper com o pensamento único? É mais importante encontrar esta resposta que o resultado do impacto da moção de censura, ou o que o Tribunal Constitucional tiver para dizer. Um e outro procurarão fazer diluir nos decibéis agressivos de quem detém o poder de impor o pensamento único, com diferentes, mas expressivas "narrativas"...  
Vai ser difícil sair disto. Mas o povo soube sempre encontrar saídas!

...e todos os dias há acções contra o pensamento único!

8 comentários:

  1. O povo também se engana
    mas prefiro Primaveras quentes
    antes que tremam no Verão

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  2. E continua a saber? Eis a questão. Como fazer pensar? Não destruam a escola pública.

    Abraço

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  3. Aos políticos sempre conveio impor apenas uma só linha de pensamento. Tanto à esquerda como à direita os discursos monocráticos imperam. Mas o povo, como diz o Rogério e muito bem, é plural, e reage contra essa camisa-de-forças...
    Um abraço

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  4. "O que chamamos democracia começa a assemelhar-se tristemente ao pano solene que cobre a urna onde já está apodrecendo o cadáver. Reinventemos, pois, a democracia antes que seja demasiado tarde."
    ~José Saramago

    Cumprimentos

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  5. Tomar consciência de que o consumo acrítico do pensamento do outro facilita ( e muito) a atrofia progressiva do nosso órgão pensante: tornando os sentidos - e a inexistência da procura do seu significado - matéria inútil e amorfa, perdida em qualquer parte de nós, é meio caminho andado para perceber de que forma o autoritarismo pode existir vestido de pluralidades.

    Não é fácil... é sempre bem mais fácil beber a bebida fresca que nos servem em dia de sol abrasador!

    Um beijinho, Rogério.

    Bem haja, também!!

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  6. O Povo tem de encontrar as entradas... para os poder expulsar depois.

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  7. Pois, mas o que vou ouvindo nas ruas revela um conformismo preocupante...

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  8. Amigo Rogério,

    Gostei muito das tuas palavras, infelizmente, como as minhas, têm pouco eco, mas são pessoas como tu que farão sempre a diferença, mesmo que não servem para nada.

    Um abraço, continuo contigo :)

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