25 janeiro, 2014

Fábula mais que batida...


Na floresta, espantam-se os animais desatentos a sinais. Uns dizem não ser possível reconhecer os predadores pois eles já trazem a mesma linguagem das suas presas. Outros (poucos) dizem, parafraseando inversamente Nietzsche: A desvantagem de ter péssima memória é sofrer muitas vezes com as mesmas coisas más como se fosse a primeira vez. 
Numa manhã, dessas confusas e doridas, um pequeno camaleão apossou-se do pequeno espaço de um frágil ramo e nele se instalou. Disse-lhe o ramo: "a mim não provocas engano, sei a cor que tinhas e as que já tiveste." O camaleão, que entretanto tomara a cor do mesmo castanho do ramo, foi-lhe respondendo, com todas as mentiras que lhe ia ocorrendo. Os insectos, que andavam por ali, julgaram que o pequeno ramo teria enlouquecido a ponto de falar sozinho. Foram-se juntando. Juntando e aproximando a ponto de ouvir todo o diálogo. A pouco e pouco iam partilhando da opinião do camaleão. 
Eis senão quando, o camaleão pimba! apanhou todos os insectos com a língua...

6 comentários:


  1. Coisas muito más, mesmo!

    Beijinho e obrigada pelas palavras amigas que me tem deixado.

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  2. Aí é que tu te enganas: não era um camaleão, era um coelho disfarçado!

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  3. Espertalhão, o camaleãozinho! Serviu-se do seu próprio opositor...


    Abraço!!!

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  4. Ai não sabia ser essa a táctica dos predadores que se deslocam lentamente mas têm a língua comprida?
    Camaleões? Há-os aos montões!

    Abraços sem dissimulações.

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  5. Como é que eu identifiquei logo esse pequeno coelheão?!

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  6. para o equilíbrio das espécies, o mal não é a existência de predadores

    é a ausência de inimigos naturais

    um abraço, Rogério

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