Na floresta, espantam-se os animais desatentos a sinais. Uns dizem não ser possível reconhecer os predadores pois eles já trazem a mesma linguagem das suas presas. Outros (poucos) dizem, parafraseando inversamente Nietzsche: A desvantagem de ter péssima memória é sofrer muitas vezes com as mesmas
coisas más como se fosse a primeira vez.
Numa manhã, dessas confusas e doridas, um pequeno camaleão apossou-se do pequeno espaço de um frágil ramo e nele se instalou. Disse-lhe o ramo: "a mim não provocas engano, sei a cor que tinhas e as que já tiveste." O camaleão, que entretanto tomara a cor do mesmo castanho do ramo, foi-lhe respondendo, com todas as mentiras que lhe ia ocorrendo. Os insectos, que andavam por ali, julgaram que o pequeno ramo teria enlouquecido a ponto de falar sozinho. Foram-se juntando. Juntando e aproximando a ponto de ouvir todo o diálogo. A pouco e pouco iam partilhando da opinião do camaleão.
Eis senão quando, o camaleão pimba! apanhou todos os insectos com a língua...
ResponderEliminarCoisas muito más, mesmo!
Beijinho e obrigada pelas palavras amigas que me tem deixado.
Aí é que tu te enganas: não era um camaleão, era um coelho disfarçado!
ResponderEliminarEspertalhão, o camaleãozinho! Serviu-se do seu próprio opositor...
ResponderEliminarAbraço!!!
Ai não sabia ser essa a táctica dos predadores que se deslocam lentamente mas têm a língua comprida?
ResponderEliminarCamaleões? Há-os aos montões!
Abraços sem dissimulações.
Como é que eu identifiquei logo esse pequeno coelheão?!
ResponderEliminarpara o equilíbrio das espécies, o mal não é a existência de predadores
ResponderEliminaré a ausência de inimigos naturais
um abraço, Rogério