MÃO(s)
A mão que esboça o verso, ampara a vida,
Transporta o saco cheio, amassa o pão,
Cava o torrão mais duro e, mesmo f`rida,
Prefere a dor sentida a nem ser mão…
Renasce a cada causa antes perdida
E tece e fia e doba e faz questão
De, sobre a tela pronta e já tecida,
Lavrar, do próprio gesto, a criação…
A mão trabalha ainda, a mão persiste
E até quando algemada ela se agita;
Ou se livra da peia… ou lhe resiste!
Será por cada mão que não desiste
Que a força de que o mundo necessita
Justifica a razão que ao povo assiste…
Maria João Brito de Sousa, no FB
30 janeiro, 2014
Poesia (uma por dia) - 59
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ResponderEliminar"por cada mão que não desiste"
Será, seremos!
Mais uma "maravilha" da Maria João que faz da palavra matéria de aprendizagem.
Obrigada!
Não conhecia...
ResponderEliminarObrigada!
Eis aqui um belo soneto, que se lê e relê com agrado!
ResponderEliminarRevemos nele a vida através das mãos , que mesmo agrilhoadas não se deixam vencer.
Parabéns e obrigada, à autora e ao Rogério, pela partilha
Um abraço.
Um belo poema. Uma mão bem fechada e um punho cerrado.
ResponderEliminarMaos que não se deixam vencer...
ResponderEliminarMuito obrigada, Rogério!
ResponderEliminarQue as nossas mãos se não rendam enquanto lhes restar um sopro de vida!
Abraço grande!