Até que o Sol nos apareça
Uns dizem palavras de desalento
Outros que esperam ter esperança em Maio
A maior parte, não fala e quando saio
Oiço queixas veementes de tão mau tempo
Resguardo-me dos estados de alma
E do silêncio resignado e mudo
Avanço chuva adentro, que não se acalma
Sem esperar que lave os males deste mundo
Meu irmão falou-me de relâmpagos, na escarpa
A nuvem falou-me de trovões e do vento
Um raio que parta tudo isto, ouvi neste momento
Desabafo da impotência que daquela voz se escapa
Avancemos, chuva adentro
Chuva adentro
Até que o Sol nos apareça, e brilhe como se fosse Abril
Rogério Pereira
31 janeiro, 2014
Poesia (uma por dia) - 60
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Gostei muito! É motivador e aquece, nesta manhã realmente fria...
ResponderEliminarNa verdade ser de esquerda
ResponderEliminarnão é ser canhoto
Lá estaremos
como se fosse
ResponderEliminarporque é, abril
um abraço, Rogério
coisas de governos, de países, coisas do capital covarde capital, coisas de inverno e o sol sim, disfarça com seu ouro o arranhado da chuva e do frio na pele no corpo na alma na cidade e nos países .
ResponderEliminarPrá isso o inverno serve : para resgatar a verdade que também arranha mas ao menos não ficamos expostos a reflexos mentirosos e sim, estou falando do mundo em geral, não de seu ou meu país.
Espero que do inferno que é este inverno saia um sol radioso que em vez de cravos faça de Abril um campo de justiça, com quem deve ser condenado em prisões!
ResponderEliminarMas a esperança não é muita...
Bom fim de semana
a Poesia é uma arma - tens razão!
ResponderEliminarabraço
No Abril de todos nós até a chuva brilha, porque não estamos sós.
ResponderEliminarMuito bonito o poema! especialmente a estrofe de conclusão. Muito poética. Muito profética!
ResponderEliminarParabéns pelo otimismo!
Gosto tanto deste teu poema, Rogério!
ResponderEliminarMaria João