PROBLEMAS COM O DESENVOLVIMENTO
(texto devidamente avinagrado, conforme me foi solicitado)
Mais um quadro de António Tapadinhas.
Estão enganados se pensam que a parte tétrica são partes de gente. Ossadas de pessoas, não são. Sei disso, não que o pintor mo tenha dito ou eu me tenha posto para aqui a inventar e, sem querer, acertar. Não, não adivinhei a intenção de uma metáfora aqui representada em simbólico cemitério. O que ali jaz é a nossa economia. Reconheço em cada caveira humana o rosto de cada uma das empresas que eu condenei à morte lenta. Até identifiquei as minhas vítimas, como podem relembrar aqui , onde confessei: "Quase todos os projectos onde participei levaram ao encerramento de empresas de grande ou média dimensão ou a alterações profunda na sua missão. A lista é tremenda: Siderurgia Nacional; SAPEC; MAGUE; Companhia Portuguesa do Cobre; MJO; Fundição de Oeiras; A Reguladora; IPETEX; J.B. Corsino; Companhia Portuguesa de Trefilaria; Sociedade Portuguesa dos Sabões… Estas empresas tiveram o meu apoio em projectos inovadores visando replicar efeitos de produtividade e melhoria da qualidade em outras, por feitos de demonstração de boas práticas… As outras replicaram mesmo: ou já fecharam ou acabarão por encerrar." Os quadros seguintes dão a visão global dos efeitos da minha intervenção
O gráfico representa o Volume de Emprego ao longo dos anos em que os sucessivos governos foram governando.
Estão enganados se pensam que a parte tétrica são partes de gente. Ossadas de pessoas, não são. Sei disso, não que o pintor mo tenha dito ou eu me tenha posto para aqui a inventar e, sem querer, acertar. Não, não adivinhei a intenção de uma metáfora aqui representada em simbólico cemitério. O que ali jaz é a nossa economia. Reconheço em cada caveira humana o rosto de cada uma das empresas que eu condenei à morte lenta. Até identifiquei as minhas vítimas, como podem relembrar aqui , onde confessei: "Quase todos os projectos onde participei levaram ao encerramento de empresas de grande ou média dimensão ou a alterações profunda na sua missão. A lista é tremenda: Siderurgia Nacional; SAPEC; MAGUE; Companhia Portuguesa do Cobre; MJO; Fundição de Oeiras; A Reguladora; IPETEX; J.B. Corsino; Companhia Portuguesa de Trefilaria; Sociedade Portuguesa dos Sabões… Estas empresas tiveram o meu apoio em projectos inovadores visando replicar efeitos de produtividade e melhoria da qualidade em outras, por feitos de demonstração de boas práticas… As outras replicaram mesmo: ou já fecharam ou acabarão por encerrar." Os quadros seguintes dão a visão global dos efeitos da minha intervenção
O gráfico representa o Volume de Emprego ao longo dos anos em que os sucessivos governos foram governando.
A linha azul do sector primário, representa o número de pessoas em actividades da terra e do mar (agricultura, florestas e pescas) veio por aí abaixo Cavaco Silva bem me dizia "Eh pá olha o mar, olha o mar" mas eu não liguei. Fui parando o Alqueva, despedi os alentejanos e o mar... O mar servia para eu me banhar, passear e outras coisas terminadas em ar e cujas palavras me estão a faltar. Claro que com esses meus devaneios a linha verde tinha de crescer, crescer e engordar. Cresceu o volume de empregos organizadores de passeios, da hotelaria, do comércio de coisas que nos enchiam o olho e a alma de boas coisas de maravilhar e até do corpo alimentar. O sector financeiro cresceu, cresceu e quase toda a gente passou a ter um andar seu... Essa linha verde que representa o sector terciário batia bem com a educação que nos fabricava a ilusão de os fatos de macaco e as alfaias agricolas deverem ser adereços de museu. O responsável por esta cultura, claro que também fui eu... Falta falar do sector secundário da economia representado pela linha vermelha. Parece que cresceu. Não é engano seu. Cresceu mesmo. Vamos ver como...
Agora que já sabem ler quadros, a tarefa está simplificada para entender e até comentar o que eu fiz enquanto PS e PSD andavam a governar. Se o sector secundário cresceu em emprego no seu todo o crescimento não aconteceu nas suas partes.
A industria transformadora (linha azul), veio de trambolhão, quase a cair ao chão. A construção (linha verde)... oh, a construção... essa minha grande paixão.... do cimento e do alcatrão. Enquanto PS e PSD iam governando eu ia fazendo aparecer estradas, muitas estradas. É que o pessoal para sair e desertificar aldeias, vilas e montes precisa de vias para se deslocar. E como a coisa mais importante da vida tem a ver com um ditado popular "quem casa quer casa", o pessoal desatou a comprar casas, mesmo sem casar...
PS E PSD ANDAM NUMA GUERRA TRAMADA QUE NADA TEM A VER COM O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA. EU ESTOU REFORMADO. ACHO QUE ISTO CORRE O RISCO DE CAIR PARA O LADO
Próximo e último post "Os problemas da produtividade"
Origem dos dados. "Pordata"
Não estou suficientemente qualificado para comentar por aqui mas li os dois últimos posts com muita atenção. Aguardarei o último desta série de três.
ResponderEliminarUm abraço.
É complicado comentar este texto.
ResponderEliminarEstá lá tudo e não adianta dizer mais nada.
Que isto vai de mal a pior não me restam dúvidas.
Obrigada pela visita no blog, pela blogagem coletiva, estou aproveitando para passar por aqui e conhecer o seu também...
ResponderEliminarUm abraço!
lelê
Com tantas vítimas, podes ser considerado um serial Killer...
ResponderEliminar:)
O que nunca ouvi foi o próprio confessar que está reformado!
hehehe
Com a tua explicação não tornas menos tétrico o meu desenho, nem a minha revolta contra os atentados ao ambiente, porque os Homens e a Natureza completam-se: não podem viver separados!
Tal como eu não posso viver sem os amigos!
Um grande abraço,
António
Caro Rogério,
ResponderEliminarCompraz-me constatar que os quadros que aqui reproduz, reiteram as afirmações que faço no meu post "Qualificações, Desenvolvimento e Produtividade" publicado dia 27 de Setembro no A Nossa Candeia.
Abraço.
LOL, meu caro o povo português também não parece habilitado para perceber que está entalado...
ResponderEliminarPior vota em quem o entala
e há gente que não se rala...
Só fala, fala, fala...
Caro Luis Coelho, não é verdade que esteja lá tudo, fecharam muitas mais empresas...
Caro Tapadinhas, o âmbiente é meu tema sempre presente... Voltarei a ele, em breve.
Caro Rogério
ResponderEliminarVou esperar pelo próximo post e depois talvez diga qualquer coisa, sobre os interessantes temas que está a tratar. Para já a questão do ensino, especialmente na sentença de morte lida ao ensino profissional, está (embora pela rama) bem tratada.
Mas no momento em que escrevo estou com uma grande "inquietação" por causa de umas "medidas" que estão a ser paridas a qualquer momento.
Abraço
Cara Ana Paula Fitas,
ResponderEliminarEu disse-lhe lá no seu post o que iria fazer, espere pelo final e verá o que vai acontecer...
Abraço
Destruiram todos os meios de produção de bens, comemos fiado e dá-se dinheiro a rodos para alcatrão e serviços, roubam à descarada,... PS e PSD estavam à espera de quê?
ResponderEliminarAgora dizem que cada português tem que apertar o cinto porque, cada um, deve entre 14 mil a 18,3 mil euros a bancos estrangeiros, isto é o que se chama gozar com a nossa cara.
E pior que isto... é que os tachos, as empresas públicas despesistas, mordomias,... não querem cortar um cêntimo.
E ainda nem começámos a pagar submarinos...tanques, todas as parcerias público-privadas...
Estamos a afundar... se calhar... os submarinos é para estes incompetentes não irem ao fundo ;)
Bjos
Sorte a sua Rogério em já estar reformado. E falo a sério.
ResponderEliminarAbraço.
Folha seca
ResponderEliminarIsa
Meus caros
Julgo que resta tudo...
Restando tudo, pode acontecer uma inversão das coisas...
Acreditar sempre!
Ariel,
ResponderEliminarNão percebo...
Sou egoísta?
Estou bem e o resto não interessa?
Estar reformado
significa passar ao lado?
Estar reformado significa ser bem tratado?
Não percebi, Ariel
Não percebi...
Amigo Rogério,
ResponderEliminarCaramba, não é nada disso, porque diabo há-de interpretar as coisas duma forma tão pessoalizada? Acha que eu cometeria uma grosseria dessas? por favor...tenho gente reformada em casa.
Abraço
Amigo Rogério!
ResponderEliminarDa minha janela, também vejo um país cinzento, muito escurooooooooooooo, e mais não digo!
Bjs.
Ná