Malangatana comenta assim os acontecimentos em Maputo: “É uma revolta pelo aumento do custo de vida. Os bens básicos subiram e as famílias não têm condições de fazer face a estas despesas”(...)“No caso de o pão subir de cinco para 6,5 meticais - penso que é este o valor - é um salto muito elevado.”
Outra imprensa, relata os acontecimentos e remete-nos para um conceituado blogue. Neste, percebe-se que o descontentamento é mais abrangente, envolvendo quem terá melhores condições económicas para fazer face a tais aumentos...
Outra imprensa, relata os acontecimentos e remete-nos para um conceituado blogue. Neste, percebe-se que o descontentamento é mais abrangente, envolvendo quem terá melhores condições económicas para fazer face a tais aumentos...
E viva a especulação e a sociedade de consumo mais a máquina da guerra!
ResponderEliminarSaudações
Sinto um nó apertado, quando vejo as notícias sobre o Maputo e fico sem palavras.
ResponderEliminarRogério,
ResponderEliminarVou fazer link.
Obrigado.
Um abraço.
São
ResponderEliminarTemo que tenha razão...
Saudações preocupadas
Carlos,
ResponderEliminarRecomponha-se. Precisamos das suas palavras...
Abraço
Cara Ana Paula Fitas,
ResponderEliminarGostaria que acrescentasse algo. Gostaria de ter os seus contributos para compreender o que se estará a passar. Quase que me apetecia entrar em considerações... Mas seria especulação!
Quanto ao link, disponha. Só me honra com tal gesto!
Abraço
Amigo Rogério!
ResponderEliminarNão sou a favor de guerras...
é com enorme preocupação que assisto a toda esta violência inqualificável por parte de quem reprime.
Matar quem se manifesta contra um aumento absurdo do custo de bens alimentares essenciais É CRIME!
Beijo
Ná
Cara Fernanda, ainda estou sou efeito daquela dor referida por Malangatana.
ResponderEliminarPouco sei sobre a realidade Moçambicana. A impressão que tinha é que um esforço meritório do governo tinha retirado o país da fome endémica quando as cheias de 2002 abalaram toda a economia. Passaram 8 anos e as noticias que iam chegando não faziam prever esta explosão pois apesar do PIB Moçambicano ser muito baixo o crescimento, em periodo de crise era 7,5% ao ano...
Acho que aqui anda qq coisa que ainda não percebi o que seja!
Beijo
Não foi só o aumento do pão mas o conjunto de outros aumentos que provocou esse descontentamento.
ResponderEliminarOs ricos e poderosos gostam de brincar com a miséria dos sem nada.
Para ganharem as eleições prometem tudo, mas quando estão no poder estão-se lixando para nós.
Caro Rogério Pereira
ResponderEliminarPerante qualquer tipo de violência exercida sobre os mais carenciados, tambem a mim me deixa sem palavras. Lembro-me só dos tempos em que escrever numa parede "Abaixo a Guerra Colonial" era um acto perigosissimo e conheço gente que passou pelas prisões, só porque fez isso.
Amigo Rogério!
ResponderEliminarPouco mais sei do que tu!
Sei talvez um pouqinho mais, porque tenho lá um cunhado da minha irmão há muitos anos a trabalhar.
Um alto cargo e muitas (demasiadas mordomias) quanto a mim!
Para além disso, estiveram lá este Verão de férias, a minha irmão e cunhado.
O que e foi dado saber, é que há um fosso abismal entre ricos e pobres, e que os pobres são uma maioria assustadora.
A riqueza é ofensiva e contrasta com os resorts de altíssimo luxo e as baracas feitas, na melhor das hipóteses, de blocos de cimento sem qualquer reboco e até sem telhado.
Não sei se está alguém ou alguma organização por detrás desta movimentação popular...sei sim que a apoio, só posso...
Penso até que Portugal precisa de um abanão deste género.
Só lamento a perda desnecessária de vidas,mas mais uma vez, a responsabilidade é de quem tenta silenciar a voz e a ira dum povo, que simplesmente tenta lutar pela sua subsistência.
Beijinhos
Ná
Meu caro Rogério,
ResponderEliminarAs notícias sobre os acontecimentos em Maputo entristecem-me, mas não me surpreendem.
Malangatana, artista que admiro e conheci, há uns anos, em Maputo,fala da sua dor (e minha também!),mas não deixo de observar a sua ingenuidade quando afirma que o movimento de protesto não tem um rosto, um grupo com quem se possa negociar!
O rosto é o colectivo de uma população miserável que vive ao sabor de uma elite de políticos (e não só) bem instalada. Admito que possa haver quem na sombra a manipule, arrastando-a para a violência das manifestações de rua, há sempre! Mas...
Em Angola, em especial nas cidades de Luanda e Malange, já depois de assinada a paz, e na vigência de um governo mundialmente reconhecido e aceite, assisti a manifestações semelhantes, tendo por base o aumento do custo de vida, sobretudo dos combustíveis. Como em Moçambique, à violência dos populares responderam as autoridades matando!
Na minha opinião, radicada no facto de ter acompanhado, durante seis anos e no local, as três guerras que dilaceraram o povo angolano, o "fenómeno" das manifestações violentas, se aquela expressão me é permitida, tem raízes.
Num livro que publiquei em 2002, sobre Angola, escrevi:
"Com a criminosa cumplicidade e desumana hipocrisia dos que a fomentaram, fizeram e fazem, e mesmo de alguns que afirmavam opor-se-lhe, como nas outras, também na guerra de Angola os ricos ficaram mais ricos e os pobres mais pobres, nada havendo pelo meio".
Os povos não são eternamente cegos!
Mais havia a dizer. Mas fico por aqui, pedindo que desculpe comentário tão longo.
Um abraço
Vamos certamente continuar com esta reflexão, mesmo para além do "retorno à normalidade". Julgo que a paz, que se seguiu á perda de importãncia politica da Renamo foi o cenário para o desenvolvimento de profundas desigualdades...
ResponderEliminarAs privações continuam.
A vida faustosa instalou-se...
Mas falta entender o que está a acontecer...
Sendo verdade que "os povos não são eternamente cegos" (palavras do Carlos Albuquerque) existem formulas já testadas que lhes retarda a visão.
Estou como o Carlos Barbosa.
ResponderEliminarO coração fica apertado com as notícias de Maputo.
Hoje tem estado tudo tranquilo mas receio que seja sol de pouca dura uma vez que os aumentos continuam e os pobres não aguentam.
Será que o Governo vai ter a coração de alterar o ordenado mínimo nacional?
Veremos!
Tenho lá um ramo da minha árvore genealógica e não consigo fica sossegada enquanto não souber que tudo regressou à normalidade.
Abraços amigo Rogério
“No caso de o pão subir de cinco para 6,5 meticais...
ResponderEliminarNem vou comentar!!!Sou brasileira e convivo com isso desde que nasci e tem tb a "guerra civil" que o governo insiste em não admitir!
Aqui bandido tem licença pra matar!