Talvez uma carta antiga consiga demover quem tem poderes para tal. Esta: "Caro Sr. Stevens: "Como deve saber, os carrascos, na Califórnia obedecem a horário de bancos. Nunca executam alguém antes das dez da manhã e nunca depois das quatro da tarde. Quando ler esta carta, já eles me terão executado. Terei trocado o esquecimento por um incrível pesadelo que durou 12 anos. E o senhor terá presenciado o ato final ritualístico. Espero e confio em que o senhor será capaz de transmitir a seus leitores que morri com dignidade, sem medo animal e sem bravatas. Devo isto a mim mesmo, mas devo mais a muitos outros. A hora da morte chegará a mim dentro de poucos minutos. Resta-me de vida, segundo suponho, menos de dezoito horas. Passarei estas horas numa das celas, a alguns passos da câmara de gás". "Chegou a hora, em suma, de morrer. Então assim acreditam muitos funcionários da Califórnia o Estado estará vingado e vingado estará seu sistema de Justiça retributiva. O Estado terá acalmado seu espírito de vingança. Mas, vingança contra o quê? Câmaras de gás podem matar gente e não contrafações de sinistros e arrependidos criminosos lendários, "monstros mitológicos". "Face a face com a morte repito enfaticamente e sem hesitação: jamais fui o famoso "bandido da luz vermelha". O Estado da Califórnia condenou o homem errado, teimosamente recusou-se a admitir a possibilidade de seu erro, e muito menos, a corrigi-lo. O mundo terá em tempo provas deste monstruoso e selvagem erro. Não se orgulhará desses fatos. Mas, ponhamos aqui de lado a questão de culpa ou inocência. O que me impele a escrever esta carta é minha firme convicção de que neste drama está envolvido algo mais que a morte de um homem. "(...) Vou morrer com conhecimento de que deixo atrás de mim outros homens vivendo seus últimos dias no corredor da morte. Declaro aqui que a prática de matar ritualmente e premeditadamente outros homens envergonha e macula nossa civilização, sem nada resolver contra aqueles que se lançam violentamente contra a sociedade e eles próprios. "Assim, poderemos encontrar solução racional e humana para o problema que a sociedade deve fazer com tais seres humanos. Este problema não deve jamais ser enterrado juntamente com o homem executado e suas vítimas. Ele não será enterrado junto comigo. Escolhi meu próprio caminho para chamar a atenção mundial para os corredores da morte e câmaras de gás. Não encaro a mim mesmo como um herói ou mártir. Pelo contrário, sou ou louco confesso, profundamente consciente da natureza e qualidade dos loucos erros cometidos em meus anos de rebelde juventude. Não espero parecer grandiloqüente e didático. Mas, estas são crenças que ardem dentro de mim mais luminosamente que a minha esperança de sobreviver. Morrendo, devo reafirmar esta crença e exprimir minha última esperança de que estes que saíram em minha defesa continuem lutando contra as câmaras de gás, contra os carrascos e contra a justiça vingativa. Certamente mereceremos algo melhor. Extingue-se meu tempo. Devo encerrar aqui minha carta. Sinceramente, Caryl Chessman".
Presídio de San Quentin, Estado da Califórnia, 02 de maio de 1960
"... Eu desejava continuar vivendo. Acreditei apaixonadamente que poderia oferecer uma contribuição com meus livros, não só à literatura, como à minha sociedade. Eu estava determinado a retribuir, assim, às milhares de pessoas de tantas nações que me defenderam e acreditaram em Caryl Chessman como ser humano. Eu teria tido grande satisfação e um sentimento de nobres objetivos se tivesse sobrevivido, para justificar seu compreensivo julgamento. Mas um severo destino, revestido de roupagens jurídicas, decretou minha morte numa pequena sala octogonal, pintada de verde".(...)
(tinha eu 15 anos)
03 novembro, 2010
Sakineh Ashtiani a iraniana condenada à morte, pode ser salva por uma carta...
(Não sei porquê mas nem dei por ter ido aquela que já foi!)
PS: Não sei porquê mas continuo a pensar que a grande mobilização da opinião pública mundial, tem objectivos para além dos declarados...
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ResponderEliminarAgora passo apenas para lhe dizer que tem algo para si na minha cubata. Passe por lá, por favor.
Abraço
Profundamente comovente e bem escrito.
ResponderEliminarQue palavras posso acrescentar às suas palavras finais:
"Não sei porquê mas continuo a pensar que a grande mobilização da opinião pública mundial, tem objectivos para além dos declarados..."
Eu também estou na dúvida.
Beijinhos
Vai-me desculpar, caro Rogério, mas vou limitar-me a transcrever o comentário que deixei na Ariel, porque creio que vai muito ao encopntro da mensagem que aqui nos deixa Então aqui vai:
ResponderEliminar"Desde ontem que penso em escrever um artigo sobre o assunto, mas ainda não tive oportunidade. A condenação é hedionda, sem dúvida, mas pode ser também um bom momento para reflectirmos sobre Guantanamo e outras situações similares que calamos. Quantos inocentes terão morrido e sido torturados nas masmorras das brandas democracias ocidentais, acusados de terrorismo? Espero que não interprete mal, mas o que me custa aceitar é a nossa resignação e/ou indiferença perante os crimes que o ocidente comete, fruto da sua superioridade moral. Bem, fico-me por aqui, espero ter inspitração para escrever um post sobre o assunto".
Querido Rogério, amigo!
ResponderEliminarQuantos mais estão no corredor da morte?
Sei amigo!
Sei que a pena de morte deve ser abolida, seja ela mais ou menos atroz, é um CRIME!
Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém.
"Declaro aqui que a prática de matar ritualmente e premeditadamente outros homens envergonha e macula nossa civilização, sem nada resolver contra aqueles que se lançam violentamente contra a sociedade e eles próprios."
Aqui está tudo dito.
Mais...
"neste drama está envolvido algo mais que a morte de um homem."
Agora eu adiciono.
Para além da morte desta irmã, que teve o azar de ter nascido no lado errado do planeta, há mais... ,muito mais sim!
Há toda uma causa mais do que justa e enegável.
A das mulheres, que não só mas especialmente, com esses malditos
credos e sacerdotes, são as principais vítimas destes crimes hediondos.
Pelos menos haverá uma cara, uma bandeira, nesta luta justa e mais do que humana.
Não sei se há outras razões para além das declaradas...
nem me interessa saber...
Sei que há esta razão, e esta, de momento é na que eu me foco.
Obrigada.
beijo
Ná
Desculpa os erros ortográficos.
ResponderEliminarBeijo
Ná
Depois de uma semana de reclusão :))), cá estou eu. Espero não piorar com este ar da noite...
ResponderEliminarObrigada pelos seus votos de melhoras.
Ao contrário do que aconteceu consigo, o primeiro caso, de Caryl Chessman, não me passou desapercebido.
Eu era bastante jovem na altura, mas, apixonada por leitura como sempre fui, devorei os seus quatro livros (que ainda conservo) - "O garoto era um assassino", "A face da Justiça", "Condenado em nome da Lei" e o último "A cela da morte".
Morreu na câmara de gas, na penitenciária de San Quentin, Califórnia, declarando-se sempre inocente dos crimes de que o acusavam como "lanterna vermelha".
Há (ou havia, na altura) quem defendesse que ele morrera inocente; quem o poderá saber com certeza???
Estes casos, de Chessman e de Sakineh, movem multidões em apelos ao perdão. Será (é, com certeza) um sintoma da solidariedade que parece ainda existir no mundo. Mas estes casos são apenas dois dos milhares que aconteciam e continuam a acontecer todos os dias. É bom que o não esqueçamos.
Continuação de boa semana. Beijinhos
Fernanda,
ResponderEliminarA cara de Teresa Lewis não servia?
O seu nome não podia ser bandeira? Ela, uma americana de 41 anos, deficiente mental e condenada à morte...
Foi executada no dia 23 de Setembro passado, com uma injeção letal.
A morte de Lewis, foi a 12.ª mulher executada nos Estados Unidos desde 1976. Desde então, foram também executados 1215 homens no país, dos quais 107 na Virgínia, o estado com maior número de execuções a seguir ao Texas.
Pode ler tudo isto no texto que está no primeiro link do meu post...
Mariazita,
ResponderEliminarAinda bem que melhorou, fez-lhe bem o que lhe levei?
Só alguns esclarecimentos:
- eu refiro 3 condenados e não apenas os que movimentaram (e movimentam) opiniões...
- Teresa Lewis foi executada em Setembro passado e se alguém se insurgiu, não me lembro!
- tinha 15 anos quando acompanhei o caso de Caryl Chessman, que teve a execução marcada 7 vezes e que 6 vezes foi adiada...
Dele apenas li "A cela da Morte"
Olá amigo
ResponderEliminarInfelizmente não estou otimista em relação a esse caso. Lamentavelmente as leis nos países árabes são radicais, e cultural mente o povo de lá é a favor.
Abração
Caro Rogério
ResponderEliminarAcredite que estou a procurar perceber melhor o seu post.
Apenas tenho uma certeza: A pena de morte seja porque motivos for, há muito que devia ter sido abolida.
A pena de morte é sempre um acto execrável. Acontece no terceiro mundo ou nas cidades civilizadas.
A opinião publica mundial, tem uma força crescente, como se viu. A questão que o meu caro deixa, é porque se mobiliza para um lado e não (tanto) para outro.
Motivo de reflexão.
Abraço
Folha Seca,
ResponderEliminarÉ capaz de ter razão ao confessar dificuldades em entender o meu post. Devia ter sido mais claro. Escrever por exemplo:
A Teresa, louca, foi condenada e executada em Setembro e a imprensa? Nada! Movimento de opinião contra a execução? Nada!
Serviu o caso Chessman, para acabar com a pena de morte nos EUA? Não! Alguèm se lembrou deste caso que mobilizou a opinião há 50 anos? Não!
O caso da iraniana serve que objectivos? O ataque ao regime iraniano? Salvar a condenada? Julgo que a primeira questão é um objectivo sempre atingido, independentemente de haver clemencia ou não...
Toda a gente condenará o Irão...
è isto que eu penso!
Abraço
Caro Rogério,
ResponderEliminarSe tem objectivos além dos declarados eu não os conheço. Na verdade, o texto e o apelo que fiz, ficam a dever-se a convicções individuais. O Irão, como bem sabe é uma teocracia, não uma democracia, pelo que não me parece aceitável uma comparação com os Estados Unidos.
Lamentavelmente os USA possuem ainda a pena de morte, mas não incluem no seu sistema judicial a lapidação, não chicoteiam as mulheres adúlteras, e já agora...os seus governantes não negam o Holocausto.
Tenho pena, mas em 1960, ainda não
era nascida, talvez por isso desconheça o drama que relata.
Suponho que deva ler-se do que escreveu, que lhe é indiferente a sorte de Sakineh, bem como outros atropelos á liberdade e dignidade femininas, como a excizão do clítoris, os crimes de honra ou os casamentos forçados...e mesmo o facto dessa jurisprudência remontar ao séc. VII.
Lamento!
MEU CARO AMIGO.
ResponderEliminarte escrevo estas linhas triste e consternada com a agressão que será praticada contra essa mulher..
ela não é uma criminosa, não matou, não roubou, não blasfemou, apenas amou.
hoje o amor está condenado a morte.
uma mulher é condenada a morte por que amou, não um, mais dois homens, após ficar viúva e entende-se por viuvês nestes barbaros países a total castidade e celibato.
leis que dizem eles foram ditadas pelo próprio Deus...leis covardes , de um deus covarde e opressor como todos os ditadores e assasinos o são.
onde fica perdido nosso Deus de tão simples leis?. onde amar ao próximo como a ti mesmo era uma de suas premissas???
vivemos num mundo bárbaro e é assim que me sinto agora um animal bárbaro.triste, chocada e muito , muito enraivecida por isso ainda ocorrer num mundo onde vivem gritando pelos direitos humanos.
onde está o simples direito de amar??? onde fica o direito a vida, direito sagrado de todos as religiões???onde está escrito e assinado por Deus que devemos matar um semelhante???
desculpe caro amigo meu desabafo.
que venham dias melhores pra todos.
bjuivos no coração.
loba.
Minha Cara Lolipop,
ResponderEliminarApenas três pequenos apontamentos:
- Não tenho régua para medir a barbárie e, assim, não sei se o que me diz do sistema iraniano é mais repulsivo do que condenar uma louca à morte e fazer tudo aquilo que o Carlos Barbosa de Oliveira afirma no seu comentário (ver acima). Ao fazê-lo, os EUA coloca-se ao mesmo nível, pelo menos...
- Claro que tendo lido à 50 anos a execução de Chessman e postado a sua carta, sou claramente contra todos os atropelos feitos à pessoa humana. Seja no Irão, no Iraque, no Afeganistão, Guantanamo ou numa cidade da Virgínia. Não posso é deixar de reagir ao silenciamento dumas situações e insurgir-me noutras. O caso da Teresa Lewis é uma omissão conivente com a barbárie mascarada de humanismo!
- A prática de outros atropelos á liberdade e dignidade femininas, como a excizão do clítoris, os crimes de honra ou os casamentos forçados... é frequente nesse e noutros países. Mas infelizmente não é isso que está a ser combatido. O alvo é claramente o Irão e os motivos são aparentemente esses que diz serem... Bush não considerou o Irão um país do "eixo do mal" por essas razões...(suponho eu)
Abraço
Rogério,
ResponderEliminarA barbaridade da pena de morte não é mais ou menos bárbara consoante se trate de uma condenação no estado da Virginia ou no Irão. O que acontece é que no estado da Viginia nenhuma mulher é condenada à morte por crime de adultério...,já para não falar da lapidação ou do enforcamento..., é só isso amigo Rogério.
Abraço.
Amigo Rogério!
ResponderEliminarHá claramente algum mal entendido que devo clarificar.
Todas as caras são válidas, são bandeiras, desde que sejam por uma luta justa!
Eu sou contra a pena de morte, seja ela onde for, nos EU ou no Irão.Ponto final parágrafo!
Se este caso está a ter a dimensão que tem é porque no Irão e nos países Islamitas, sobretudo as MULHERES são tratadas de forma completamente desumana e ultrajante, e todo o Mundo sabe e pouco ou nada se faz por MEDO aqueles monstros que continuam a cumprir leis absurdas e a criar novas, em nome de um CREDO????
Já agora, sublinho cada palavra da amiga Ariel.
Beijo
Ná
Ó minha gente
ResponderEliminarvamos fazer disto ponto acente!
Condeno a lapidação
Condeno que se condene por adultério
Condeno a condenação à morte
Condeno a condenação à morte de uma mulher insana
Condeno que 50 anos depois de Chessman as coisas pouco tenham evoluido
Condeno os silêncios aos condenados
Condeno ISSO TUDO
e não só a parte mais condenável porque a outra, também o sendo, ninguem fala dela e bem vai parecendo!
rogério,
ResponderEliminarimportantíssimo assunto ... eu ando tentando me alienar um pouco para sobreviver ... tanto que nem postei nada sobre o caso ... mas é importantíssimo .. hj como estou com mais tempo, vou afazê-lo ...
Amigo Rogério!
ResponderEliminarFinalmente falas claro!
Fez-se luz, aleluia!!!!
Agora pergunto eu!
Porque é que não falas e alertas para todos esses casos que conheces bem e são tanto ou mais urgentes???
Ficava-te bem!
Ficava bem a todos nós!
Se estás mais atento que os demais (por mim falo), alerta-me, desperta-me, porque sensível a todos esses casos sou eu, e muitos de nós.
Agradecida antecipadamente e pedindo desculpa da minha "ignorância", deixo-te o abraço de sempre.
Neste momento a LUTA é por SAKINEH!
Se sabes de mais alguém, SPEAK UP!
Ciao
Ná
Rogério,
ResponderEliminarSó cheguei agora e li tudo. Li o texto, li os links e os comentários. Não posso deixar de manifestar a minha admiração pela coragem de ser controverso, colocando na agenda o que a imprensa, sabedora de atrocidades tremendas, tende a ignorar. A carta de Chessman é uma bandeira que os próprios EUA deveriam agitar para combater todos os casos de desumanidade. Chessman, que eu não conhecia, morreu 7 vezes. O que sentirá um ser humano que vê desmarcar em cima da data uma execução? Por 6 vezes! Concordo contigo quando dizes que a barbárie não se mede... Ou é ou não é. E sendo, toda deve ser combatida. Sem descanso.
Beijinho
As autoridades iranianas desmentiram a notícia, mas realmente, acredito tanto nas palavras deles como nas... de Sócrates!
ResponderEliminarMesmo que a mostrem viva... pode ser filmagem.
A minha condenação à pena de morte, seja onde for, no oriente ou no ocidente, é sempre a mesma, mostra o pior do ser humano e nem sequer faz sentido... mesmo a quem matou, porque condenar... fazendo exactamente o mesmo, só pode continuar a ser crime.
Bjos
Se os americanos condenassem à morte as mulheres adúlteras, os Estados Unidos ficavam sem mulheres!
ResponderEliminarE se o Irão condenasse à morte os homens adúlteros, não havia homens nesse país, e estavámos logo livres do Presidente!!!
A Pena de Morte é uma coisa horrível seja em que país isso aconteça!!!
Tendo navegado por aqui ao acaso deparei-me com esta pequena polémica sobre o Irão. Talvez possa acrescentar algo à discussão sobre a natureza do Irão, que, parece-me, algumas pessoas talvez desconheçam.
ResponderEliminarEm primeiro lugar, o Irão de hoje é fruto de uma guerra revolucionária que dura desde 1979, guerra essa que assenta em 4 técnicas fundamentais:
“1-Assegurar permanente mobilização da população, pela exploração da simbologia islamista, usando as mais apuradas técnicas de manipulação das multidões, desde manifestações orquestradas, ao incitamento ao ódio, passando pela criação e diabolização de inimigos externos (chamando, por exemplo, “Satã”, aos EUA e a Israel) e elevando o suicídio ao estatuto de causa nobre e exemplar, chamando-lhe “martírio” e erigindo em Teerão uma metafórica fonte de sangue
2-Tornar reféns os sectores mais desfavorecidos da sociedade, através da gesticulação demagógica e da aplicação de politicas populistas de distribuição de bens básicos, isenção de impostos, etc., reforçando ao mesmo tempo a hostilidade às classes médias independentes, instilando sentimentos de insegurança. Este tipo de políticas assegura a lealdade de uns e mantém os outros constantemente preocupados com o seu futuro.
3-Guerra total aos valores ocidentais, incluindo a proibição de música, e a remoção (e incineração ritual) das escolas, de livros ocidentais. Imposição da segregação sexual no sistema educativo, proibindo as mulheres de ensinarem rapazes e sujeitando-as a condições consideradas indignas, como a poligamia masculina, os “casamentos temporários”, o véu, a subordinação ao homem e discriminação jurídica.
4-Uso do sistema judicial como instrumento de terror, no sentido utilizado por Robespierre e pelos estados totalitários, com a instituição de tribunais revolucionários.
Este método de conquistar e manter o poder, baseado numa mistura de terror, caridade, e proselitismo religioso, que tão bons resultados deram no Irão, tem sido usado como modelo de exportação.
A tentativa falhou na Arábia Saudita e na Bósnia, mas obteve um dramático sucesso no Líbano, com a criação do Hezbolah, por elementos da Guarda Revolucionária Iraniana.
O Hezbolah é simultaneamente um partido político, uma organização filantrópica, um exército, uma organização terrorista (provavelmente a mais poderosa do mundo) e a testa de ferro da Revolução Iraniana.
Nos seus domínios, o Partido de Alá, criou um estado teocrático onde aplica leis decalcadas do Irão e espalha a fé, pregando, pagando, seduzindo, e aterrorizando as populações.
E logrando até o apoio empenhado da extrema-esquerda europeia, desde o Dr. Miguel Portas aos milhares de tontos aos pinotes, a berrar que “somos todos Hezbolah”
O modelo resulta tão bem, que está já a ser copiado.
A Síria, por exemplo autorizou recentemente o proselitismo xiita e o Irão enviou centenas de especialistas para ensinar as virtualidades do método; o Hamas cresceu e organizou-se exactamente da mesma maneira e até no Iraque, milícias gémeas do Hezbolah, procuram abrir caminho, prometendo a salvação eterna, sopa, emprego e dinheiro vivo para as famílias dos mártires.”
Via O Lidador
Realmente, sempre pensei assim... Há algo mais...
ResponderEliminartudo isto deixa-me consternada. há alguns meses, mostraram imagem de crianças a serem apedrejadas. como é que o ser, dito humano, consegue tal barbárie? a pena de morte, há muito que deveria ter sido banida. não entendo. não entendo como é que estes seres que se dizes crentes em deus [tenha ele o nome que lhe quiserem dar], podem fazer semelhante coisa. matar... deus não é vingança, não é morte. pelo menos, o deus que eu conheço... é, sim, amor...
ResponderEliminardo fundo do meu coração, espero que tudo corra pelo melhor a esta mulher e a todos os que estiverem no chamado "corredor da morte". se não... que deus os receba e os acarinhe.
Há muitos anos atrás e por recomendação de uma das minhas irmãs, li um dos seus livros.
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