30 abril, 2011
Ninguém pensou fora do paradigma e o desastre ou foi eminente ou até mesmo aconteceu...
29 abril, 2011
Futilidades, com suporte científico - 2
Hoje falarei nas relações entre homens. A relação entre homens é mais complexa, mas é mais clara. Às mulheres, a alma é-lhes diferente da cara. Falemos então do comportamento entre um e outro macho, não para que eu diga o que eu acho mas o que a electrodinâmica prova. Primeiro a atracão seguida de repulsão. Pode se imediata ou não. As almas estudam-se e manipulam-se. Reciprocamente, mas sem ambiguidades. Exemplo? Uma amizade intensa para cuja continuidade não há paciência. Outro? Entre a alma de um líder politico e um seu eleitor...
28 abril, 2011
Futilidades, com suporte científico - I
Sou um homem de duas culturas e frequentemente as cruzo. Por exemplo, é frequente misturar coisas das almas com as leis da natureza e comportamentos com as leis da electricidade. Mais propriamente da electrodinâmica. Sou uma espécie de António Gedeão, mais bronco e com muito menos inspiração. Mas faço profundas reflexões em torno das atracções entre almas. Nos meus laboratórios das almas e da física tenho pesquisado e encontrado o mesmo tipo de resultado: Almas de sinal diferente é que se atraem. Um, sem muito procurar, encontra no outro coisas de espantar. A surpresa e o pequeno segredo revelado são de mútuo agrado. O que uma alma não faz, faz a outra e vice-versa. Completam-se. A atracção é permanente e a relação duradoira, pela vida fora. Discutem, discutem, discutem. Quase sempre não há acordo mas aceitam-se um ao outro (caso se respeitem, sendo o respeito uma regra básica e exterior à própria física das almas)
Pensemos agora nas almas iguaizinhas a começar até na procura da alma gémea para a relação eterna. Puro engano, mas frequente. Sobretudo em gente sem grande disponibilidade mental para aturar outro que não seja seu igual. As mesmas cores, os mesmos odores e sabores, as mesmas árias e cantores e até o tacto se procura parecido. Os mesmos clubes e partido. O mesmo sonho. Enfim, um enjoo. Tais almas-espelho em períodos de menos auto-estima multiplica por dois esse clima. Quando se desgosta de um, desgosta-se dos dois. Raramente se admite um nosso defeito no outro. Essa é a explicação para tanta separação, quando a habituação . O corpo, que não a alma, pode se sentir ainda atraído. Ah, a traição dos corpos, esses marotos, tão vulneráveis ao tempo, às banhas e pés-de-galinha, à verruga, à celulite e sua irmã artrite ...
Faltou rigor cientifico? Talvez não. O que acontece é que no sentimento nem tudo é electricidade, pois também existem os estados de alma. Quem não sabe que alguém fervendo em grande paixão a vê entrar em ebulição, vaporizando-se num ar que sabia a mar? Ou parecia amor...
NOTA: Se achou o texto confuso, saberá muito do amor, mas pouco das leis da física
27 abril, 2011
Sobre a inevitabilidade - I
26 abril, 2011
O presidente, os ex-presidentes e a inevitabilidade presente...
25 abril, 2011
Saiba, pela voz do meu poeta, porque é que hoje vou para a rua gritar esperando encontrar gente muito mais nova...
O inevitável é inviável: Manifesto dos 74 nascidos...: "Somos cidadãos e cidadãs nascidos depois do 25 de Abril de 1974. Crescemos com a consciência de que as conquistas democráticas e os mais bás..."
A revolução contada em poema e pela voz do poeta José Carlos Ary dos Santos
.
24 abril, 2011
É dia de Páscoa. Hoje não há homilia (citando Saramago)
Tudo o que é físico, visceral e orgânico tem regras
A nossa natureza ditou-as
---------------e o jogo continua
Todos os cinco sentidos obedecem
ao jogo determinado
ao apelo do olhar, ao chamamento do momento
Oferecer amêndoas
cumprindo a regra da quadra
é uma fuga ao jogo sem regras
Por isso, toque na oferta
pois a regra é tirar uma
e a regra do saborear
faz parte deste jogo manso
A alma?------Ah, meus amigos
se ela existe, vive na excepção
A minha, em cada momento
determina seus actos, contrariando todas as regras
.
Para a Gisa, inspirado pelo seu desafio
Estranhem o que não for estranho. Tomem por inexplicável o habitual. Sintam-se perplexos ante o cotidiano. Tratem de achar um remédio para o abuso. Mas não se esqueçam de que o abuso é sempre a regra
Bertolt Brecht
23 abril, 2011
Enquanto Jesus sai da cruz e jaz no sepulcro e muitos desistem de viajar para Acapulco, eu aproveito para publicar a minha sondagem...
----------------------Imagens do estado de espírito de cada classe quanto ao futuro
---------------(as classes que alguns querem no "centrão" andam, aflitas, de jornais e papeis na mão)
Quanto à segunda questão: Qual o sentido de voto, vejamos os resultados e a sua análise:
- A classe A, cerca de 5,5%, isto é, todos, afirmam que não há nada que os rale, que os partidos principais se vão unir e o sentido da sua votação logo se verá na ocasião. Tendem para votar no CDS, porque... merece.
- A classe B, dos 11,9 %, a maioria está com Pedro Passos Coelho e o restante com Sócrates. Todos estão na maior pois não lhes passa pela cabeça que o Compromisso Nacional entre os principais partidos os deixe prejudicados (leia-se prejudicados com efe grande, até para rimar). São os grandes animadores daquela petição.
- A classe C (C1, 24,9% + C2, 31%) andam numa roda vida e mal distribuída entre o Passos e o Sócrates. Em votação andam quase iguais, pouco afastados ou praticamente empatados. Lêem papeis e mais papeis. É que para atrapalhar a petição do tal Compromisso Nacional, chegaram mais duas e, ainda por cima Abril anda nas ruas. Uns dizem que a "Petição convergência nacional em torno do emprego e da coesão social" não vale a pena assinar porque dá azar. Outros dizem que assinam esta e a outra porque é tudo igual. E como não há duas sem três, aparecem agora os precários, esses ordinários, a dizer em manifesto que o "inevitável é inviável". Dói-lhes a cabeça de tanto pensar e nunca se sabe ao certo em quem irão votar...
- A classes D, 20,7% está mesmo à rasca. Já leu o que tinha a ler e não tem muito que saber. Maioritariamente votam à esquerda e o resto fica em casa. Mas estão todos em brasa. Por isso vão para a rua. Dizem que vão gritar: "A luta continua"
Ficha Técnica: Foram inquiridos 9 milhões de portugueses, via telemóvel. Os desempregados viram as suas respostas anuladas para não dar um tom demasiado pessimista aos resultados globais. Foi aplicada uma metodologia assente nos critérios usados pela Marketest no que se refere ao dimensionamento das classes sociais. A análise de resultados segue metodologia própria que designada por Marketestista. Não tem nada de marxista embora, em sonância, o faça lembrar, apesar de fazer arranhar muito mais o aparelho auditivo.
22 abril, 2011
Depois da sede de uma flor próxima da morte, a sede de um homem crucificado
“Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede”...“Estava pois ali um vaso de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja, e, pondo-a num hissope, lha chegaram à boca”. ----Evangelho: São João 19:28
21 abril, 2011
Se fosse hoje, Jesus iria ao templo?
"Ora, estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém; e encontrou no templo muitos vendendo bois, ovelhas, pombas, e os cambistas sentados (às suas mesas). E, tendo feito um como que azorrague de cordas, expulsou-os a todos do templo, e as ovelhas e os bois, e deitou por terra o dinheiro dos cambistas e derrubou as mesas. E aos que vendiam pombas, disse: Tirai daqui isto, e não façais da casa de meu Pai, casa de negócios. Então lembraram-se seus discípulos do que está escrito: O zelo da tua casa devorou-me. Tomaram então a palavra os judeus, e disseram-lhe: Com que sinal nos mostras tu que tens autoridade para fazer estas coisas? Jesus respondeu-lhes, e disse: Desfazei este templo, e eu o reedificarei em três dias."(Envangelho, segundo São João 2, 13-22)
Fosse hoje e seria mais que natural que Jesus não iria ao templo, pois a violência do seu acto teria repercussões mais dramáticas que a sua crucificação e que a perseguição dos seus seguidores. Também no templo se passam hoje coisas de dimensão mais monstruosa e de mais difícil compreensão, que alguns apelidam de terrorista... Será que o povo entende que se prepara outra versão de romanização?
NOTA (editada 3 horas depois da edição do post): Tal como as versões do envagelho são várias, também sobre o que se está passado existem diversas, quanto ao pormenor. Por sugestão de um comentário, junto esta. E já agora esta outra. Todas me levam a reforçar a ideia de que Jesus não entraria no templo...
20 abril, 2011
Os gestos para salvar a flor, tornando-a maior - III
Mas falemos de quem não deixou dúvidas na água que à flor levou. Falemos do folha seca e do que disse e que importa: "Fazer de Abril um grande demonstração daquilo que pensa e quer o Povo." Talvez por lá encontre a Sandra e a Isa. Talvez lá encontre os meus poetas, sempre de palavras tão certas:
Falemos da Lídia Borges ("coisas que cabem numa mão pequenina"... Gotas que, persistentes, salvaram a Flor... Foi preciso, apenas, que o menino acreditasse); Falemos do O Puma (Guardadas que estão as sementes da nossa flor viva um dia serão de novo caminhos de sonho nas mãos de outras crianças); Falemos da vontade imensa do jrd (Levantava o mundo do chão); da Mel de Carvalho que a uma imagem de sonho lhe junta a sua (... sem pão, não há liberdade... nem democracia que valha...) Por fim falemos do heretico, cujas palavras destaco, a finalizar: Há sempre no fundo da terra um húmus insuspeito...... Há sempre o vermelho e o trigo...Sabe-se lá quando explode uma flor!
19 abril, 2011
Os gestos para salvar a flor, tornando-a maior - II
Quem chegar agora para me ler tem de saber o que está a acontecer. Tem de ter condições para participar na reflexão... Vejamos então: Há dias atrás solicitei, como pedido, que cada um colocasse uma acção que salvasse a flor, sendo que essa imagem seria a da Democradia, definhando murcha por maus tratamentos infligidos. A ressposta não se fez esperar e os contributos foram muitos mais do que os vinte pedidos. Mas, antes, tinha também dado conta que ou o Zé Povinho pensava fora do paradigma ou as coisas irião de mal a pior.
O paradigma por mim desenhado, é um quadrado: Um lado, definido pela pressão do capital financeiro que todos reconhecem especulativo mas inevitável face à situação de endividamento; Outro lado, a pressão da Comunidade Europeia, que todos reconhecem ser coisa feia mas sem alternativa pois a Europa foi o passo necessário e ninguém deve pensar o contrário; O terceiro lado, o do poder em alternancia dos ratões democráticamente eleitos pelos ratitos, sendo que aos não gatões é reconhecida a impossibilidade de ser poder por um milhão de razões que ninguém compreende mas que aceitam como regra do jogo Democrático; O quarto e último lado, o que faz a defeza do quadrado, sustenta a inevitabilidade das pressões e do poder dos gatões. Todo assim desenhado fica o Zé Povinho preocupado entre a opção de ter de continuar a trabalhar para a pressão ou saltar fora do paradigma e incorrer sabe-se lá em quê. Não posso deixar de saudar quem como a Fê-blue bird e a minha Fada do Bosque (incansável, nas vezes que veio de mão-cheia a dar de beber à flor) veio denúnciar o papel da imprensa. Imprensa e não só, vejam só o que me disseram: «Muitas das coisas mais importantes do mundo foram conseguidas por pessoas que continuaram tentando quando parecia não haver mais nenhuma esperança de sucesso.». Isto é pensar fora do quadrado. Mas neste domínio cito o que considero arrojado, contributo da Eva Gonçalves que nos diz: "pretende ideias (ideias é que é preciso, realmente e daí eu ter invocado a sua ideia de pensar fora do quadrado!), a ideia, vem na sequência da ideia do meu conto, mas refere-se à exigência por parte da sociedade civil de uma transparente e mais eficaz ou mais justa regulamentação dos mercados financeiros. Não podemos ser ingénuos pois as instituições bancárias são precisas mas não podem ter rédea soltam lucros imorais sem controle ou exigência de contribuição para o bem social comum! Se as economias se baseiam no pressuposto que os mercados funcionam per si, o que não é verdade... e as injustiças estão aí...então é preciso fazer essa revolução , não são as mudanças dos governos nacionais que vai resolver este problema, pois continuaremos reféns de instituições que nos cotam e manipulam a imagem e pressionam os mercados, a exigència tem de ser a nível global para regulamentar o funcionamento de todo mundo fnanceiro, para além de contrapartidas de uma percentagem desse lucro (autêntica agiotagem...), distribuíndo-o em projectos de desnvolvimento social. E pronto, foi uma ideia." Respondo a esta ideia (sem a colocar de parte) o que diz a minha tambèm incansável , mas por vezes descrente, Janita: "Essa coisa pequenina que cabe na mãozinha de uma criança e pode fazer da nossa Democracia, a Maior Flor do Mundo, será a cruzinha no local certo?...Sim?"
A minha resposta à Janita é sim, e só isso seria a Revolução de que fala a Eva
NOTA: Comentarei em posts seguintes outros contributos
18 abril, 2011
Os gestos para salvar a flor, tornando-a maior - I
17 abril, 2011
Homilias dominicais (citando Saramago) - 36
AVISO: Pela riqueza de alguns dos comentários (que pode ver aqui), farei na próxima semana posts alusivos"Quando dizemos que é um resultado importante o viver em democracia, dizemos também que é um resultado mínimo, porque a partir daí começa a crescer o que verdadeiramente falta, que é a capacidade de intervenção do cidadão em todas as circunstâncias da vida pública. Ou seja, fazer de cada cidadão um político. A liberdade de imprensa, a liberdade de organização política é o mínimo que podemos ter, porque a partir daí começa a riqueza espiritual e cívica do cidadão autêntico."
José Saramago. Una mirada triste y lúcida, Algaba Ediciones, Madrid, 2007In José Saramago nas Suas Palavras
15 abril, 2011
E se a Maior Flor do Mundo fosse a Democracia? Se para a salvar fosse necessário fazer 20 coisas, que coisa lhe parece que podia fazer por ela?
14 abril, 2011
Será o trabalho para todos, uma flor? A Maior Flor do Mundo?
Um dos gatos será o Primeiro. O eleito. Os ratitos terão o governo merecido, ou talvez não!
13 abril, 2011
Será a Maior Flor do Mundo a Amizade?
12 abril, 2011
Escaravelho. Besouro. Bicho de ouro e de trabalho...
11 abril, 2011
O senador sentado, discorrendo dentro do quadrado...
Mário Soares falou, gasto mas empertigado, do lado de dentro do quadrado (ou não fosse ele o principal feitor do paradigma)
10 abril, 2011
Homilias dominicais (citando Saramago) - 35
"Tenho uma visão bastante céptica do que chamamos de democracia. Na verdade, vivemos sob uma plutocracia, sob o governo dos ricos. Com o neoliberalismo económico, certas alavancas que o Estado detinha para agir em função da sociedade praticamente desapareceram. Não se discute hoje a democracia com seriedade. Foram impostos tantos limites à democracia que se impede o desenvolvimento de outras áreas da vida humana. Veja o exemplo do Fundo Monetário Internacional. Trata-se de um organismo que não foi eleito pela população, mas que controla boa parte da economia internacional."José Saramago, in O Estado de S. Paulo, São Paulo, 29 de Outubro de 2005--"O que temos chamado de “poder político” converteu-se em mero “comissário político” do poder económico."
José Saramago in Visão, Lisboa, 26 de Julho de 2001
O povo islandês dá o exemplo. A coisa não vai ser fácil...
08 abril, 2011
Segreda-lhe a República: "Oh Zé, pensa um bocado, fora do quadrado!"
(*) Para quem o seu significado não saiba, clique lá, fica a saber disso à brava
Sondagens e ficção... ou talvez não
União Federativa Ibérica 46%
07 abril, 2011
Será a Maior Flor do Mundo a "bacia cultural Atlântica"? Será a Jangada de Pedra?
SE A FLOR FOR O QUE EU PENSO QUE É, REGRESSEMOS ENTÃO PARA ONDE NOS MANDA A HISTÓRIA!______________________________________________________________________“O interesse do (vosso) Governo está muito voltado para o centro da Europa, o que acho natural. Mas isso traz efeitos secundários.Com esse sucesso europeu, o país tende a esquecer a importância que poderia ter no resto do Mundo, fora da Europa. Sobretudo agora, num momento em que assistimos às dificuldades económico-financeiras em toda a Europa. Penso que o Governo português e o sector privado deveriam repensar sobre a sua dependência um pouco exagerada do mercado europeu.”
NOTAS: (1) Video (2) Descisão do Governo em solicitar apoio externo/FMI (3) Post sobre "A Jangada de Pedra" (4) Sondagem onde quase 50% dos portugueses aderem à união ibérica (5) Entrevista do embaixador do Japão
06 abril, 2011
Interregno para coisas muito más...
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Fora do paradigma da inevitabilidade e da cedência da soberania, erguem-se vozes com outras soluções. Mas, embora secundadas, ou são omitidas ou qualificadas como: não credíveis; irrealistas; extremistas; radicais e outras coisas mais...
05 abril, 2011
A flor representará o pão-nosso-de-cada-dia crescendo para dar alegria?
04 abril, 2011
No novo visual, uma espécie de "Editorial"...
03 abril, 2011
Homilias dominicais (citando Saramago) - 34
"O grande mal que pode acontecer às democracias — e penso que todas elas sofrem em maior ou menor grau dessa doença — é viverem da aparência. Isto é, desde que funcionem os partidos, a liberdade de expressão, no seu sentido mais directo e imediato, o Governo, os tribunais, a chefia do Estado, desde que tudo isto pareça funcionar harmonicamente, e haja eleições e toda a gente vote, as pessoas preocupam-se pouco com procedimentos gravemente antidemocráticos. " José Saramago, in "Democracia aparente/Outros Cadernos"
02 abril, 2011
Abertura antecipada: Hoje é Dia da Maior Flor do Mundo - II
Imagem retirada do video "A Maior Flor do Mundo"Constituição de 1976 – Preâmbulo
A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas, coroando a longa resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos, derrubou o regime fascista. Libertar Portugal da ditadura, da opressão e do colonialismo representou uma transformação revolucionária e o início de uma viragem histórica da sociedade portuguesa. A Revolução restituiu aos Portugueses os direitos e liberdades fundamentais. No exercício destes direitos e liberdades, os legítimos representantes do povo reúnem-se para elaborar uma Constituição que corresponde às aspirações do País. A Assembleia Constituinte afirma a decisão do povo português de defender a independência nacional, de garantir os direitos fundamentais dos cidadãos, de estabelecer os princípios basilares da democracia, de assegurar o primado do Estado de Direito democrático e de abrir caminho para uma sociedade socialista, no respeito da vontade do povo português, tendo em vista a construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno.
Texto aprovado pela Assembleia Constituinte em 2 de Abril de 1976, (apenas com os votos contra do CDS)
Abertura antecipada: Hoje é Dia da Maior Flor do Mundo - I
Serão 55 dias a escrever, sem perder de vista a beleza do gesto que salvou o sonho e o fez crescer à dimensão que o escritor lhe deu... (o video manter-se-á presente na galeria)