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Tu que tens dez réis de esp'rança e de amor
Grita bem alto que queres viver.
Compra pão e vinho, mas rouba uma flôr:
Tudo o que é belo não é de vender.
Não vendem ondas do mar,
Nem brisa ou estrelas,
Sol ou lua-cheia.
Não vendem moças de amar,
Nem certas janelas
Em dunas de areia.
Canta, canta como uma ave ou um rio,
Dá o teu braço aos que querem sonhar.
Quem trouxer mãos livres ou um assobio
Nem é preciso que saiba cantar.
Tu que crês num mundo maior e melhor
Grita bem alto que o céu 'stá aqui.
Tu que vês irmãos, só irmãos, em redor
Crê que esse mundo começa por ti.
Traz uma viola, um poema,
Um passo de dança,
Um sonho maduro.
Canta glosando este tema:
Em cada criança
Há um homem puro.
Canta, canta como uma ave ou um rio,
Dá o teu braço aos que querem sonhar.
Quem trouxer mãos livres ou um assobio
Nem é preciso que saiba cantar.
Música: João Figueiredo Gomes
Letra: Leonel Carlos Duarte Neves
Rogerito, acredita que esta canção ( o refrão) foi a primeira que a minha filha mais velha aprendeu a cantar, tinha uns dois anitos? É que ela nasceu em 75, no calor da Revolução!
ResponderEliminarMuito lindo este poema! E cheio de força e de darmo-nos uns aos outros. muito boa escolha, a sua!
Beijo.
Uma voz eterna, única e inesquecível.
ResponderEliminarJá mal me lembrava da canção - para além do refrão - e que bom foi revivê-la, amigo Rogério.
ResponderEliminarObrigada por esta belíssima rcordação.
Um beijinho.
Fica-nos a sua voz e os seus poemas para nos emocionarmos com as recordações inevitavelmente evocadas!
ResponderEliminarUm grande cantor e o maior embaixador do "Fado de Coimbra"!
Um cantos como poucos com uma canção que recordo (em parte)...
ResponderEliminarBom este momento, Rogério. Obrigada.
Bj
Rogério
ResponderEliminarTalvez uma das canções do Luiz Gois que vai ficar na memória.
A lei da vida é lixada. Está a levar-nos os melhores.
Abraço
Rodrigo
A poesia que encerra é única. Roubo-te um sorriso, pois este não tem preço.
ResponderEliminarUm bj querido amigo