Felizmente que não se cortou (ainda) o cordão umbilical que nos liga ao mar...
Leio no Público de hoje que foi o "25 de Abril" que fez com que se voltássemos as costas ao mar e que a ministra Cristas quer ideias para projectos. Sobre a primeira afirmação não me sobra espanto, habituado que estou a que a história se vá distorcendo a ponto de quase se por em causa que a "Jangada de Pedra" tenha algum dia sido escrito com o sentido que foi dito. Sobre a segunda, o grito da Cristas, estaremos mais uma vez perante um clamor dirigido aos jornais, num faz de conta de mau gosto. Entre uma e outra vai um nome que me ocorre: Mário Ruivo. E ocorre-me por duas razões, por ter sido Secretário de Estado das Pescas do 1º Governo Provisório e Ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de Vasco Gonçalves (um homem do mar, nunca o meteria numa gaveta) e por serem dele as seguintes palavras:
Dispomos de uma comunidade científica qualificada, com alto nível de produção científica, mas é imperativo reforçar a capacidade nacional, nomeadamente em navios de investigação e plataformas de trabalho no Mar, pondo termo à instabilidade de programas e projectos que nos tem feito perder energia e oportunidades. Temos conceitos, ideias, estratégias, dispomos de redes de colaboração e de bons núcleos de especialistas e técnicos. Estamos, no entanto, ainda, confrontados com inexplicáveis bloqueios a nível institucional que não nos permitem agir com coesão, continuidade e optimização dos meios e dos recursos humanos.
Mário Ruivo, in Revista Ecologia - Dez. 2011
Bem teria feito o jornalista, se tivesse consultado tal fonte...
Sabes como eu que o «25 de Abril» é o culpado de tudo, nos tempos que correm...
ResponderEliminarBeijo grande
Abril e o Mar continuam na crista da onda. Já Cristas, essa, vai acabar no fundo...
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