Respondendo aos promotores, estiveram na rua representantes de todo o tipo de organizações e cidadãos anónimos... E foi um mar de gente, um rio que atravessou Portugal de lés-a-lés |
Sobre o que foi a manifestação, há muita e diversa opinião: desde a de Vital Moreira, que reflecte um estranho entendimento de democracia, e a de António José Seguro (e o seu estranho entendimento de cidadania) até figuras mais comprometidas com o ideário de esquerda, passando por um intelectual de alinhamento ferrenho com a coligação do governo:
VITAL MOREIRA - «…Nenhuma democracia pode assentar nos "referendos de rua", para revogar as decisões politicas do governo em funções…»
ANTÓNIO JOSÉ SEGURO - «Eu não fui à manifestação porque esta foi uma demonstração de cidadania. (…) Sei que há espaço para os partidos políticos, que devem fazer o seu trabalho, e espaço para a cidadania.»
VASCO GRAÇA MOURA - «… A palavra de ordem da ruptura parece ter sido subscrita com grande veemência por muita gente que não tem nada a ver com a esquerda propriamente dita, nem com as organizações partidárias ou sindicais, embora também lá houvesse sinais da preocupante presença delas. E essa generalização transversal do protesto é provavelmente o facto que gera mais inquietação, uma vez que não traduz apenas o imediatismo acrítico de uma reacção popular inorgânica, mas envolve também a rejeição de uma situação que é inescapável, independentemente da questão da TSU…»
BATISTA BASTOS - «…o ciclo fechou-se sobre Passos e a sua obstinada soberba. E ainda não se registara a explosão ética de cidadania… Os dados estão lançados. Mas a alternativa é inexistente. A não ser que a consciência cívica se erga, de novo, e exija que esta nefasta indigência entre o PS e o PSD seja substituída por outras possibilidades. Que as há.»
MIGUEL TIAGO - «(estamos) comprometidos com a luta que estas pessoas que aqui, hoje, vêm reclamar e com as exigências que aqui colocam… Não temos ilusões de que uma luta resolverá tudo, mas certamente será um contributo para alterar o rumo político que o país está a sofrer, e será certamente também um importante momento para desgastar a base de apoio social do Governo.»
pois, há gostos para tudo.
ResponderEliminarmas mais vale que falem - ainda que mal... apenas prova que não podem ignorar...
abraço
«Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar...» Esta foi a primeira. Foi apenas o rascunho...
ResponderEliminarDisposição para a luta, Rogério! Sem dúvida.
ResponderEliminarHá uma certa incoerência nas afirmações de Batista Bastos, já que reconhece não existirem alternativas, mas acha que haverá outras possibilidades caso o povo exija o fim da prejudicial indigência(?) entre o PS e o PSD...Enfim, opiniões! E o importante é que se fale e estejamos atentos.
Beijos.
As primeiras, apenas filosofias intelectualoides ou vendo só interesses que conhecemos. As duas últimas bem mais interessantes.
ResponderEliminarBeijos.
Que não se calem nas urnas
ResponderEliminar"Isto" está a mexer e não pode ficar de novo quedo e mudo.
ResponderEliminarTenho lido textos de uma desonestidade intelectual a toda a prova: um dos mais surrealistas foi a da criatura chamada HElena Matos, que bota faladura na TVI.
ResponderEliminarMas concodro de todo com Herético: o facto de falarem é porque não tiveram como ignorar a vinda das pessoas para a rua , rrrsss
Bom dia