EM PLENO VOO POR UM GRÃO DE AREIA
Não são únicos os caminhos
mesmo quando se cumpre
a rota dos sonhos
e os barcos se despem
de destinos por sobre as águas
Já tínhamos visto longe
a céu aberto
palavras íntegras a respirar
por guelras
pétalas a despontar nos desertos
mares a gorjear
na folhagem das escarpas
noites claras
ao som do relógio de pêndulo
Não são únicos os caminhos
mesmo quando andamos
a sibilar no vento
desapercebidos do pássaro
que renasce em pleno voo
por um grão de areia
Eufrázio Filipe / Mar Arável
Caminhos múltiplos. Resta-nos a escolha. Que seja a melhor. Um grande bj querido amigo
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ResponderEliminarÉ muito difícil comentar poesia... e muito mais quando estamos perante tal riqueza metafórica.
Gostei muito.
Parabéns ao Mar Arável e a ti por partilhares.
Beijinho e bom fim de semana
(^^)
Há metáforas e metáforas.
ResponderEliminarEste poeta que respira, se necessário, por guelras, é um caso muito especial...
:)
Este, é daqueles poemas que a partilha é obrigatória, Belíssimo!
ResponderEliminarBom fim de semana e um beijinho,
Ana Martins
Ao ver a imagem recordei a canção do Zeca Afonso - Eles comem tudo
ResponderEliminarAo povo só resta a esperança e...
Ei-los que partem, novos e velhos, buscando a sorte...
As metáforas são fortes.
que dizer da poesia do Eufrázio? apenas acrescento que é um Poeta por inteiro.
ResponderEliminarUma boa escolha com uma imagem tb muito boa!
beijo
Se nunca consegui comentar poesia, muito menos será hoje porque chuva e gripe conseguem "encravar" qualquer sensibilidade para a poesia e só vem à superfície, o meu absoluto e velho pragmatismo ;)
ResponderEliminarBjos
ResponderEliminar"Não são únicos os caminhos"
Por aí é que vamos!...
Lídia
Os caminhos como os carreiros são muitos. Havemos de chegar, grão a grão, passo a passo.
ResponderEliminarUm belo poema.
Abraço
«Sigo» os poemas do Mar arável - difíceis que eu sei lá! Mas fortes, a rasgar. É o caso!
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ResponderEliminarAbraço
Sempre tão grande, o Eufrázio. É como se um simples grão de areia, de repente, pudesse encher o mundo.
ResponderEliminarGrata pela passagem e pelas palavras no meu lugar.
Um abraço.
Não entendo como nem porque me "escapou" este excelente poema do Mar Arável... mas não escapou a esta pequena revisão! Gostei muito!
ResponderEliminarAbraço!