Vladimir Kush |
ÁRIA BREVE PARA ALUMIAMENTO DE SOMBRAS
Semeio-te, sonho, nas sílabas solaresdesta sala iluminada onde o tempodobrado ao lado da manta, no sofános propõe depor canseirase cansaços.Torna-se lúcida a imaginaçãoE por isso o meu poema étecido nas linhas certasde talhar desacertos einseguridades.Em brevenada compensaráo anseio da terrano inconformismodas mãos.Sabemo-lo.Colhemos assimos últimos frutos do verão eenganamo-nos deliberadamentequanto à doçura ressequida da polpa,uns procurando poupar os outrosporque somos folhasde um só ramo às portasdo inverno.Aprendemos juntos a não chamar brisaao vento destruidor que nos varrenos derruba, nos divide,nos engole.Criamos um plano de invencibilidadescomo um mapa de incontornáveisafectos sem fronteirasno qual poderemosviajar sem nuncanos perdermos.
Lídia Borges / Seara de Versos
O que seria de nós se perdêssemos a capacidade de sonhar!?
ResponderEliminarÉ no sonho que traçamos objectivos, é nele que encontramos o conforto nas adversidades, é nele que encontramos de volta o caminho de casa.
Não só o poema é belo e de uma enorme lucidez, como a forma de o apresentar é muito interessante.
Um beijinho para Ti... e outro para a Lídia Borges.
E eu a tentar perceber onde tinha lido isto ontem... já estava a ficar baralhada!
ResponderEliminar;)
ResponderEliminarObrigada, Rogério!...
Escrito assim, do outro lado, para mostrar que há lados diversos de olhar.
Um beijo
Gostei deste texto poético, nascido sob o aconchego de uma manta, onde se depõem canseiras e cansaços!
ResponderEliminarHá que dar tréguas à insegurança do futuro e aos ventos destruidores, levando em frente a esperança de dias de viagens com rumo!
Termino, como sempre, parabenizando a autora e agradecendo-lhe a si, Rogério, esta iniciativa tão do meu agrado.
Beijinhos a ambos.
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ResponderEliminar.
. a poesia . em parte ou no todo . tem esta vertente assertiva .
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. amanhã . dia 29 . o intemporal faz anos . caso queira comparecer .
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Um poema belíssimo.
ResponderEliminarMas quero acreditar que chegará o dia, em que será o vento a "segar" o sonho e a anunciar a esperança de uma nova realidade.
Abraço
já tinha lido este poema noutro palco.
ResponderEliminara Lídia escreve muito bem.
um beijo
:)
Já comentei ontem o poema no blogue da autora, por isso me limito a deixar-te desejos de boa noite, rrss
ResponderEliminarexcelente escolha. gostei muito de ler aqui...
ResponderEliminarum belo poema de uma grande Poetisa...
abraços
Bem à maneira da nossa querida Lídia! MUITO BOM!
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