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Esta Gente
Esta gente cujo rosto
Às vezes luminoso
E outras vezes tosco
Ora me lembra escravos
Ora me lembra reis
Faz renascer meu gosto
De luta e de combate
Contra o abutre e a cobra
O porco e o milhafre
Pois a gente que tem
O rosto desenhado
Por paciência e fome
É a gente em quem
Um país ocupado
Escreve o seu nome
E em frente desta gente
Ignorada e pisada
Como a pedra do chão
E mais do que a pedra
Humilhada e calcada
Meu canto se renova
E recomeço a busca
De um país liberto
De uma vida limpa
E de um tempo justo
Sophia de Mello Breyner Andresen, in "Geografia"
Meu caro
ResponderEliminarQuase sem tempo para blogar, passo aqui para beber as palavras da Sophia e ler os posts atrasados.
Até breve
muito bonito e merecido
ResponderEliminarum abraço
Caro Rogério
ResponderEliminarEscolha certeira!
Abraço
Rodrigo
Claro!
ResponderEliminarSabedoria...
Tão verdadeiro!!!
ResponderEliminarSofia, sempre actuale com um olhar cirurgico sobre a sociedade.
Abraço
Deixou-nos Sophia, Obrigada.
ResponderEliminarDou-lhe esta frase:
"Ter escravos não é nada, mas o que se torna intolerável é ter escravos chamando-lhes cidadãos.", Denis Diderot
Beijo
Laura
Como eu gosto de Sophia!
ResponderEliminarFaria hoje anos...
A minha mãe tê-los-ia feito ontem!
Abraço
Bonita homenagem, hoje que seria o seu aniversário! E sempre pela sua genialidade.
ResponderEliminarAgradeço o carinho lá pelo Sentidos.
Beijo
bonita homenagem e um poema muito belo.
ResponderEliminarobrigada!
beij
ResponderEliminarLutou, tentou, insistiu, acreditou, sonhou...
A sua obra reflecte a sua vida.
Morreu desencantada.
Lídia
Uma iluminada esta Senhora.
ResponderEliminarTudo o que ela escreveu é perfeito!
beijinhos