Todos os textos seus são textos a não perder. Mas este é urgente:
"(... ) Como sempre aconteceu desde o começo do mundo e sempre continuará a acontecer até ao dia em que a espécie humana se extinga, a questão central de qualquer tipo de organização social humana, da qual todas as outras decorrem e para a qual, mais cedo ou mais tarde, todas acabam por concorrer, é a questão do poder, e o principal problema teórico e prático com que nos enfrentamos consistirá na necessidade de identificar quem o detém, de averiguar como chegou a ele, de verificar o uso que dele faz, os meios de que se serve e os fins a que aponta. Se a democracia fosse, de facto, o que com autêntica ou simulada ingenuidade continuamos a dizer que é, o governo do povo, pelo povo e para o povo, qualquer debate sobre a questão do poder deixaria de ter sentido, uma vez que, residindo o poder no povo, seria ao povo que competiria a sua administração, e, sendo o povo a administrar o poder, está claro que só o poderia fazer para o seu próprio bem e para a sua própria felicidade, pois a isso o estaria obrigando aquilo a que chamo, sem qualquer aspiração a um mínimo de rigor conceptual, a lei da conservação da vida. (...)"
Ler na integra VERDADE E ILUSÃO DEMOCRÁTICA
Também recordei o escritor e o amigo.
ResponderEliminarQue falta nos faz a continuidade da sua escrita!
Interessantíssimo!
ResponderEliminarUm texto intenso pela verdade que nos traz. Uma realidade desejada mais que urgente, penso. Mas logo me vem a necessidade anterior, fazer com que o povo queira saber deste fato. De que a democracia para ser democrática precisa dele, o povo.
Um belo duelo.
Bom, nem me apresentei...
Desculpe-me
sou R. Vieira lá do blog Diários desafios.
Gostei imenso de estar aqui.
Um abraço!
E o momento é este!
ResponderEliminarUm texto que diz TUDO o que a democracia devia ser.
ResponderEliminarTão simples, tão verdadeiro!
Faz-nos tanta falta esta lucidez.
Parabéns José!
Um beijinho amigo Rogério.
Caro Rogério
ResponderEliminarPara além de subscrever o texto e recordar os links, creio que lhe devo um agradecimento pelo que me deu a conhecer, fruto de um profundo trabalho que fez, especialmente depois do passamento do "nosso Zé". De facto e graças a si conheço melhor Saramago hoje.
Abraço
Rodrigo
Hoje e sempre, Saramago!!!
ResponderEliminarBeijinho, amigo.
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ResponderEliminar.
. re.tenho este texto como uma aspiração . e.ternizada no tempo .
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Como prometi lá no CR, amanhã, se o tempo o permitir, lá estarei na Casa dos Bicos com um exemplar de "A Jangada de Pedra"
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ResponderEliminarNa verdade
Abraço
Realmente, este texto é urgente! Porque nos fala do que nos devemos questionar. Porque nos "acorda" para o que devemos refletir.
ResponderEliminar"Se a democracia fosse...."
Ah, pois!!!
Bj
BS
ResponderEliminarO sentido de Democracia não é estático. E por isso ele deve ser sistematicamente discutido e ajustado a cada momento da história dos povos (para não dizer "re-inventado", como o fez, com precisão, Saramago)
Sabemos, por conhecimento de causa, que na hora de decidir, os deputados se esquecem que é pelos eleitores que votam e não si próprios. A Democracia representativa implica verticalidade de carácter, sentido de estado e de serviço público que parece terem vindo a perder importância, na nossa realidade.