Minha Alma interroga sempre Meu Contrário, se Eu estou certo ou estou errado...
Um dia, dei por mim a ter de afirmar publicamente não ser um gajo cinzento e fundamentava, esse não ser, com canções. Hoje, depois do Congresso, interrogo-me se não serei um gajo quadrado, coisa que oiço me acusar por muito lado. Quadrado é um gajo fechado num polígono que deixa a mente cercada, que para o lado de fora não vê nada. Isso!, um gajo quadrado é uma mente ortodoxa, enviesada, que vire-se para que lado se virar, não vê mais nada que aquilo que lhes foi na mente inculcado e que se repete, repete. A mim, dizem-me que tenho, e uso, a cassete...
Esta inquietação persegue-me. Até por que dou comigo a associar, repetidamente, PS-PSD-CDS/PP. Dou comigo a afirmar frequentemente, que este governo é péssimo mas o do PS não é diferente. E pimba, levo na cabeça até dizer chega: que é essa minha forma de ser e estar a razão pela qual a tal "família de esquerda" anda desavinda e nem no Natal se vai conseguir juntar...
Fui ler isto aqui e fiquei a pensar... Minha Alma me segredou ao ouvido "Não pode ser da família, alguém que assinou aquilo". Meu Contrário me trouxe o recado: "Há gente a pensar como tu e não é gente quadrada"
Sei que não obstante todo este escrito, não vou deixar de ouvir o disco "é pá, és uma cassete"...
Que fazer?
Que fazer?
ResponderEliminarMandar uma cartinha ao Pai Natal?... ;)
Bjos
Não me foi possível seguir o link, mas que eu estou furiosa por a Esquerda não se conseguir unir, estou!
ResponderEliminarQuadrado? Não te acho, a sério.
Bom serão
Caro Rogério
ResponderEliminarAcho que nunca lhe chamei "quadrado" nem qualquer nome feio. Aliás eu bato "suavemente" ao contrário do meu caro que quando está com os azeites (ou vinagre) é de caixão à cova.
Pronto! Não o considero quadrado. Apenas acho que "não" percebe uma coisa. O PS não é uma força unica e indivisível. Há lá muita gente que "vai ao nosso lado". Agora que tem sido dirigido por gente que não vai, é verdade.
Abraço
Rodrigo
Apesar da minha pouca participação, nem pense que que escapa algum dos seus posts.
Vou quebrar uma regra, vir a este espaço sem ser para responder a perguntas directas... Vou responder ao Rodrigo pois o que ele veio me dizer é que, de facto, sou um... quadrado. O parêntesis no "não" é a confirmação. Significa que eu percebo mas não quero usar essa compreensão. Isso é próprio de um gajo quadrado...
ResponderEliminar... mas indo à substância da coisa (e respondendo também à São) não é mesmo possível ter entendimento com uma organização partidária que coloca em seu programa o que (ao de leve) acordou com a troika.(ver link) Não é uma questão (só) das lideranças, é uma questão que envolve e compromete todo o partido... se há lá gente decente? Há certamente. Só tem é que dar conta da sua existência...
Podemos ser complacentes? Poder podíamos, mas éramos outra coisa...
É evidente que não convém abusar da quadratura porque pode ser contraproducente, mas "triângulos" como o tal, isso nunca...
ResponderEliminaros três da vida airada têm rebentado com o polígono...
ResponderEliminarNunca te curves
ResponderEliminarHoje não me pronuncio. Poderia estar de acordo consigo quanto ao PS actual, mas não em relação ao PS em geral. O problema não é apenas de partidos, tem mais a ver com as pessoas que os gerem num determinado momento.
ResponderEliminarEnquanto tivermos um sistema eleitoral clubístico, não vamos a lado nenhum.
Olhe, afinal quase me pronunciei...
Oh, meu amigo, eu não ilibo o Ps das asneiras que tem feito, mas não podemos tomar a parte pelo todo.
ResponderEliminarE também acho que quem se recusou reunir com a troika errou.
Portanto, continuo a achar incrível que a Direita se entenda, mesmo esgatanhando-se e insultando-se ainda quando em coligação governamental, como se vê actualmente , e que os Paridos de Esquerda não consigam achar o mímo denominador comum e assim deixem campo aberto aos desmandos de Passos, Portas, Cavaco, etc..
ResponderEliminarDebatam-se ideias com vista a descortinar a luz.
A base de apoio do PS é sustentada por militantes e simpatizantes que o veem como um partido de esquerda, mas se continuamente as práticas políticas se "colam" à direita, haverá um dia em que o rótulo cairá e de socialismo não restará mais nada.
Lídia
Apesar do Carlos Barbosa dizer que não se ia pronunciar, acabou por dizer uma coisa que está em sintonia com o que eu penso... não foi por acaso que eu falei ironicamente do Pai Natal... basta reparar como estão a funcionar os Partidos... um diz que não faz acordos com uma faca ao pescoço, o outro deixava de ser o que é porque o outro assinOU... o Bloco com esta nova direcção cada vez se afasta mais de consensos... parece que não vêem que a vida tem que ser como a água de um rio, não pára, não segue sempre o mesmo percurso, até pode sair da margem, muda de velocidade conforme o caudal mas há sempre uma finalidade... a de acabar no mar.
ResponderEliminarCriar barreiras ou ficar a pensar de onde veio, divagar, não avançar, bater o pé... nunca será solução porque, aqui, os Partidos, têm que ter essa noção de ir para a frente, e de chegar ao mar de gente que espera por união e soluções, mais importante que todos os taludes ou barragens que os Partidos vão criando com essa mentalidade territorial como se fossem donos de toda a verdade e de todas as soluções... e assim, vão conseguindo criar aversão e em vez de Democracia, os cidadãos começam a ver Partidocracia, em que, cada um, parece defender os seus próprios interesses partidários, fundamentalismos de regras, servir financiadores ou membros do clube, em vez de provarem que querem, realmente, o melhor para a população dum país, seja ele qual for, na sua globalidade onde todos podem conviver apesar das diferenças... É difícil? claro que é, especialmente no mundo actual onde esquerda e direita parece fazer cada vez menos sentido, controlado por um sistema financeiro que também mudou e que já ninguém sabe explicar, exactamente, como ele funciona, até Bancos se enterraram com ele.
Mas... nada é impossível porque no final, a única coisa que interessa é uma vida digna para todos, em sintonia com o Planeta Terra, que coitado está à beira da rotura.
Assim, por este caminho, quem fica a ganhar, não é a maioria, são apenas os que lucram com a desunião e as divisões, os chico-espertos, os desonestos, os mal formados de espírito...
Sensibilidade, bom senso e determinação... um trio para ultrapassar qualquer obstáculo.
O PSD e o CDS conseguirem uma maioria Parlamentar, foi apenas um sinal dessa descredibilização dos políticos que vai afastando da política a população em geral que parece ficar só para os Partidos, seus dirigentes, membros com cartão e, um dia destes, para qualquer tipo de "tornados" incontroláveis que se possam formar, a partir de tanto descontentamento.
Bjos
Isa,
ResponderEliminarSe deixarmos de olhar os partidos mas apenas aos seus juízos... se deixarmos de olhar o "quem" para passarmos a analisar "o quê" tudo se simplificaria. Mas o que me diz parece ir exactamente ao contrário, e a questão que coloca (e também o Carlos) é centrada nas nas pessoas... não sei o que lhe dizer... acho que desvaloriza as ideias e os projectos e, quando é assim, não há (de facto)nada a contrapor aos que os têm. A direita tem-os, o PCP tem...