12 dezembro, 2012

Ainda o Congresso (o tal que eu não esqueço) e a questão de eu ser um gajo quadrado... ou não

Minha Alma interroga sempre Meu Contrário, se Eu estou certo ou estou errado...

Um dia, dei por mim a ter de afirmar publicamente não ser um gajo cinzento e fundamentava, esse não ser, com canções.  Hoje, depois do Congresso, interrogo-me se não serei um gajo quadrado, coisa que oiço me acusar por muito lado. Quadrado é um gajo fechado num polígono que deixa a mente cercada, que para o lado de fora não vê nada. Isso!, um gajo quadrado é uma mente ortodoxa, enviesada, que vire-se para que lado se virar, não vê mais nada que aquilo que lhes foi na mente inculcado e que se repete, repete. A mim, dizem-me que tenho, e uso, a cassete...

Esta inquietação persegue-me. Até por que dou comigo a associar, repetidamente, PS-PSD-CDS/PP. Dou comigo a afirmar frequentemente, que este governo é péssimo mas o do PS não é diferente. E pimba, levo na cabeça até dizer chega: que é essa minha forma de ser e estar a razão pela qual a tal "família de esquerda" anda desavinda e nem no Natal se vai conseguir juntar...

Fui ler isto aqui e fiquei a pensar... Minha Alma me segredou ao ouvido "Não pode ser da família, alguém que assinou aquilo". Meu Contrário me trouxe o recado: "Há gente a pensar como tu e não é gente quadrada"

Sei que não obstante todo este escrito, não vou deixar de ouvir o disco "é pá, és uma cassete"... 

Que fazer?

12 comentários:

  1. Que fazer?

    Mandar uma cartinha ao Pai Natal?... ;)

    Bjos

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  2. Não me foi possível seguir o link, mas que eu estou furiosa por a Esquerda não se conseguir unir, estou!

    Quadrado? Não te acho, a sério.

    Bom serão

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  3. Caro Rogério
    Acho que nunca lhe chamei "quadrado" nem qualquer nome feio. Aliás eu bato "suavemente" ao contrário do meu caro que quando está com os azeites (ou vinagre) é de caixão à cova.
    Pronto! Não o considero quadrado. Apenas acho que "não" percebe uma coisa. O PS não é uma força unica e indivisível. Há lá muita gente que "vai ao nosso lado". Agora que tem sido dirigido por gente que não vai, é verdade.
    Abraço
    Rodrigo

    Apesar da minha pouca participação, nem pense que que escapa algum dos seus posts.

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  4. Vou quebrar uma regra, vir a este espaço sem ser para responder a perguntas directas... Vou responder ao Rodrigo pois o que ele veio me dizer é que, de facto, sou um... quadrado. O parêntesis no "não" é a confirmação. Significa que eu percebo mas não quero usar essa compreensão. Isso é próprio de um gajo quadrado...

    ... mas indo à substância da coisa (e respondendo também à São) não é mesmo possível ter entendimento com uma organização partidária que coloca em seu programa o que (ao de leve) acordou com a troika.(ver link) Não é uma questão (só) das lideranças, é uma questão que envolve e compromete todo o partido... se há lá gente decente? Há certamente. Só tem é que dar conta da sua existência...

    Podemos ser complacentes? Poder podíamos, mas éramos outra coisa...

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  5. É evidente que não convém abusar da quadratura porque pode ser contraproducente, mas "triângulos" como o tal, isso nunca...

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  6. os três da vida airada têm rebentado com o polígono...

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  7. Hoje não me pronuncio. Poderia estar de acordo consigo quanto ao PS actual, mas não em relação ao PS em geral. O problema não é apenas de partidos, tem mais a ver com as pessoas que os gerem num determinado momento.
    Enquanto tivermos um sistema eleitoral clubístico, não vamos a lado nenhum.
    Olhe, afinal quase me pronunciei...

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  8. Oh, meu amigo, eu não ilibo o Ps das asneiras que tem feito, mas não podemos tomar a parte pelo todo.

    E também acho que quem se recusou reunir com a troika errou.

    Portanto, continuo a achar incrível que a Direita se entenda, mesmo esgatanhando-se e insultando-se ainda quando em coligação governamental, como se vê actualmente , e que os Paridos de Esquerda não consigam achar o mímo denominador comum e assim deixem campo aberto aos desmandos de Passos, Portas, Cavaco, etc..

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  9. Debatam-se ideias com vista a descortinar a luz.

    A base de apoio do PS é sustentada por militantes e simpatizantes que o veem como um partido de esquerda, mas se continuamente as práticas políticas se "colam" à direita, haverá um dia em que o rótulo cairá e de socialismo não restará mais nada.

    Lídia

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  10. Apesar do Carlos Barbosa dizer que não se ia pronunciar, acabou por dizer uma coisa que está em sintonia com o que eu penso... não foi por acaso que eu falei ironicamente do Pai Natal... basta reparar como estão a funcionar os Partidos... um diz que não faz acordos com uma faca ao pescoço, o outro deixava de ser o que é porque o outro assinOU... o Bloco com esta nova direcção cada vez se afasta mais de consensos... parece que não vêem que a vida tem que ser como a água de um rio, não pára, não segue sempre o mesmo percurso, até pode sair da margem, muda de velocidade conforme o caudal mas há sempre uma finalidade... a de acabar no mar.
    Criar barreiras ou ficar a pensar de onde veio, divagar, não avançar, bater o pé... nunca será solução porque, aqui, os Partidos, têm que ter essa noção de ir para a frente, e de chegar ao mar de gente que espera por união e soluções, mais importante que todos os taludes ou barragens que os Partidos vão criando com essa mentalidade territorial como se fossem donos de toda a verdade e de todas as soluções... e assim, vão conseguindo criar aversão e em vez de Democracia, os cidadãos começam a ver Partidocracia, em que, cada um, parece defender os seus próprios interesses partidários, fundamentalismos de regras, servir financiadores ou membros do clube, em vez de provarem que querem, realmente, o melhor para a população dum país, seja ele qual for, na sua globalidade onde todos podem conviver apesar das diferenças... É difícil? claro que é, especialmente no mundo actual onde esquerda e direita parece fazer cada vez menos sentido, controlado por um sistema financeiro que também mudou e que já ninguém sabe explicar, exactamente, como ele funciona, até Bancos se enterraram com ele.
    Mas... nada é impossível porque no final, a única coisa que interessa é uma vida digna para todos, em sintonia com o Planeta Terra, que coitado está à beira da rotura.
    Assim, por este caminho, quem fica a ganhar, não é a maioria, são apenas os que lucram com a desunião e as divisões, os chico-espertos, os desonestos, os mal formados de espírito...
    Sensibilidade, bom senso e determinação... um trio para ultrapassar qualquer obstáculo.
    O PSD e o CDS conseguirem uma maioria Parlamentar, foi apenas um sinal dessa descredibilização dos políticos que vai afastando da política a população em geral que parece ficar só para os Partidos, seus dirigentes, membros com cartão e, um dia destes, para qualquer tipo de "tornados" incontroláveis que se possam formar, a partir de tanto descontentamento.

    Bjos

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  11. Isa,

    Se deixarmos de olhar os partidos mas apenas aos seus juízos... se deixarmos de olhar o "quem" para passarmos a analisar "o quê" tudo se simplificaria. Mas o que me diz parece ir exactamente ao contrário, e a questão que coloca (e também o Carlos) é centrada nas nas pessoas... não sei o que lhe dizer... acho que desvaloriza as ideias e os projectos e, quando é assim, não há (de facto)nada a contrapor aos que os têm. A direita tem-os, o PCP tem...

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