Poesia (uma por dia) - 13
Desnaufragar
O céu a marcar a linha do horizonte
Com o mar ali defronte
A terra não nos irá chegar
E chamar-nos-á a memória de marear
Sossega meu barco
Não temas meu barco
Havemos de recuperar palmo a palmo teu casco
Erguer-te a vela
Em novo mastro
Te daremos remos
E corda de atracação
E um poema
E uma canção
E um leme
E um sentido
Nada é definitivo num naufrágio
Havemos de emendar o rumo errado
Assim tua alma te reste inteira
Que a proa a tens virada ao sonho
Rogério Pereira
OI ROGÉRIO!
ResponderEliminarACHEI LINDA ESTA POESIA.
NOSSO BARCO DA VIDA SEMPRE, APÓS UM QUASE NAUFRÁGIO, PODE SE RECUPERAR E RECOMEÇAR E DESNAUFRAGAR, O QUE NÃO PODE É DESISTIR...
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/ClickAQUI
Olá Rogério
ResponderEliminarAs vezes precisamos naufragarmos para
reconstruirmos nossos caminhos.
Um abraço
Há magia nos seus versos. E como nada é definitivo, como mencionou, sempre podemos alterar a rota e/ou renovar os sonhos. Bjs.
ResponderEliminarPrimeiro não nos devíamos ter enganado no rumo porque temos de contar que, agora depois do naufrágio, será conveniente perguntar se sabemos nadar... antes de confiar nas boias que, há muito, foram furadas.
ResponderEliminarO erro mais comum das ovelhas é tentar sair do buraco, abrindo um ainda maior... estas três décadas foram mais do que prova disso.
Aquela "boiazinha" de sair Agora da U.E. seria quintuplicar os nossos problemas... ou vamos passar de comer palha a comer pedras?
Bjos
Parabéns pelo poema! Gostei muito...
ResponderEliminarAbraço
Coma a proa virada ao sonho, não há ventos contrários que alterem o seu rumo.
ResponderEliminarE neste mar me revejo e neste sonho me deito.
beijinhos
Hoje venho convidar-te a visitar o meu blog
ResponderEliminarHISTÓRIAS DE ENCANTAR
, onde, excepcionalmente, acabo de publicar um post.
Desde já fico muito grata.
Beijinhos
PS - No próximo dia 14 haverá post novo em A CASA DA MARIQUINHAS
O dia chegará em que a maré-alta vai invadir o areal e devolver-nos os barcos naufragados.
ResponderEliminarAbraço
Qualquer dia teremos o lançamento de um livro de poemas...
ResponderEliminar... e eu vou estar lá!
Abraço,
António
Gostei do poema, gostei da convicção.
ResponderEliminarParabéns, Rogério!
Abraço
ResponderEliminarComo se pode desistir de um barco que tanto amamos?
Ele merece "um poema uma canção, um leme,e um sentido".
Ele merece que saibamos merecê-lo.
Beijo
Ui, Rogerito! Muito, muito lindo! Desta vez o menino foi DE MAIS! Vou copiar para o meu caderno de versos.
ResponderEliminarMuito obrigada. Beijo.
um poema/canção que é um alerta aos "marinheiros"....
ResponderEliminargostei!
;)