12 dezembro, 2012

Poesia (uma por dia) - 15


Mantenho o silêncio
As palavras valem o que valem.
Palavras prometidas podem nada contra a inércia da vontade.
No desencanto, não há brilho que as palavras possam conferir ao olhar.
A dor da fome não se alimenta com palavras.
A mais bela poesia não confere colorido a uma alma enlutada.
O desamparo precisa de um abraço permanente, de um carinho coerente, não quer saber de palavras.
Palavras não saram o arrependimento nem desfazem o erro.

Gosto do olhar.
Regozijo-me no abraço.
Sorrio enlevada por acordes musicais.
Saboreio o calor do Sol na pele, a luz que acorda sensações.
Gravo na memória a gargalhada infantil dos meus amores.
Deixo-me ficar no rumorejar das ondas num namoro eterno com a areia.
Prezo a atitude. 
Desprezo tantas palavras…
Sofia Champlon de Barros / Escrito a Quente

7 comentários:

  1. Obrigada pela tua atitude simpática, amigo Rogério :-)
    Até sexta, na apresentação de "Antes de Sermos Dia".
    Beijos.

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  2. Palavras... só desprezo as dos que não têm palavra :)

    Boa sorte para o lançamento! Abraço!

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  3. Rogério,

    Fazes bem em incentivar jovens poetas.

    "Gravo na memória a gargalhada infantil dos meus amores."

    Abraço, meu caro

    José Luís

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  4. O silêncio também pode ser uma arma!

    Beijinho

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  5. se as palavras forem escritas atingem a eternidade...

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  6. As palavras que mudam de opinião como as pessoas, não merecem a poesia, apenas o desprezo.

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  7. Palavras são entidades estranhas que continuamente nos mostram os limites da linguagem na tradução das emoções.

    Um beijo

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