sentido
... talvez te pudesse falar do inverso dos caminhos
dos escudos colocados
em que a pele não se atreve a respirar
e de como são livres todas as ilhas
e meus
entre os teus dedos
todos os aromas do caramanchão do jardim
talvez te contasse do arco-íris
dos dias macios
a anteceder os dias plúmbeos;
dos meus lápis de cera
do teu rosto que afago
da flor do cardo
a reflorir, noviça e vitalina, na noite escura
e desta luz cindida que ocupa o teu lugar
e (nos) ilumina...
talvez, por certo, ainda,
houvesse nos meus olhos, sereníssimos lagos,
à linha d'água,
lugar aos teus
dulcíssimos
- colo e desejo rasgado -,
se me és, inequívoco, sol e barca solar,
suprema nota,
aragem íntima e última, da harpa da vida...
Mel de Carvalho / Noite de Mel
Agradeço a partilha e desejo-te bons sonhos
ResponderEliminarbem-haja, Rogério. o meu IMENSO obrigada, sensibilizada com o seu generoso gesto
ResponderEliminarfraterno abraço
Mel
ResponderEliminarA Mel tem uma poética de encher corações.
Um beijo
Um belo e surpreendente poema.
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ResponderEliminarHá poetas que transformam as palavras numa filigrana tão delicada, que nos surpreendem sempre de encanto e beleza.
A Mel é, inquestionavelmente, uma dessas poetas, e por ela tenho grande admiração, amizade e estima.
Excelente escolha!
Um abraço, Rogério
Muito, muito lindo! Adorei! Que belas amigas que o amigo Rogerito tem!... É só para quem merece...
ResponderEliminarBeijinhos poéticos.