Imagem StreetArt Child |
"Trago do Ano Velho tudo o que tenho, e é pouco, como mostro. Não me tirem mais!, eu troco..." - Disse o Ano Novo. Mas ao chegar, disse mais. Eis a mensagem:
"Troco este rádio pelos esqueletos que guardas no armário. Troco o meu brinquedo pelo teu medo, e o o meu colar pelos fantasmas que não largas. Dou-te o meu boné se me deres as teias em que te enleias. Dou-te todas as minha miseras roupas se me vestires com teu sorriso. Dispenso-te minhas pobres botas se jurares percorrer caminhos que não ousaste.
Não trocas todas estas tralhas por tudo isso a que te agarras? Vá, pensa!, tudo o que te proponho não tem de acontecer agora. Vamos trocando pelo ano fora. Vamos trocando? Vamos?
Ah, e esta rua é também tua. Usa-a já. Vá!"
Assim falou o Ano Novo quando chegou
E falou muito bem! Com palavras e imagens lindas e poéticas!
ResponderEliminarVamos ver como te portas Ano Novo, se bem que as expectativas sejam pouco animadoras... A começar pelo discurso do senhor pgesidente....
Graça, não é o miúdo que se deve portar bem ou mal. A bola está do nosso lado... deixe lá o Ano Novo, coitado...
ResponderEliminarAh,e nada há a esperar do Cavaco!
Esta mensagem de Ano Novo sim:
ResponderEliminar"Ah, e esta rua é também tua. Usa-a já. Vá!"
Vamos lá, então, pode ser já amanhã!
Da outra mensagem não sei nada, aderi ao apagão à televisão na hora H. não há pachorra que resista.
Beijos
Branca
Um ano novo espirituoso.
ResponderEliminarParabéns pelo aniversário e pela escrita.
Boa noite!
...e ao Ano Novo, assim eu lhe respondo:
ResponderEliminarTrato feito, miúdo!
Fazemos o acordo
e trocamos tudo!
Como dizes que a rua é minha
vou usá-la já...
eu e o Camané,
como bom morador que é!
"Mudou muito a minha rua
Quando o outono chegou
Deixou de se ver a lua
Muitas portas estão fechadas
Já ninguém entra por elas
Não há roupas penduradas
Nem há cravos nas janelas
Não há marujos na esquina
De manhã não há mercado
Nunca mais vi a varina
A namorar com o soldado
O padeiro foi-se embora
Foi-se embora o professor
Na rua só passa agora
O abade e o doutor
O homem do realejo
Nunca mais por lá passou
O Tejo já não o vejo
Um grande prédio o tapou
O relógio da estação
Marca as horas em atraso
E o menino do pião
Anda a brincar ao acaso
A livraria fechou
A tasca tem outro dono
A minha rua mudou
Quando chegou o outono
Há quem diga "ainda bem",
Está muito mais sossegada
Não se vê quase ninguém
E não se ouve quase nada
Eu vou-lhes dando razão
Que lhes faça bom proveito
E só espero pelo verão
P´ra pôr a rua a meu jeito."
E a nosso jeito,
vamos nós, puto
que és novo,
tirar o país do luto
e elevar a moral do povo!
Beijinhos:))
ResponderEliminarTudo está à mão de acontecer, se ousarmos.
O barco onde nos embalámos durante tanto tempo, encalhou no cais. É preciso acordar deste sono e fazer alguma coisa para continuar a rasgar o mar com os arados que temos e nos esquecemos que sempre foram nossos.
Um bom Ano para si, Rogério.
Um beijinho
Este Ano Novo parece-me muito sábio. Vou seguir-lhe os conselhos.
ResponderEliminarAbraços
Cá chego, depois de muitas quedas de ligação e um "casual" belíssimo poema que não resisti a ler...
ResponderEliminarO garoto vem cheio de força e traz um mar de sabedoria com ele!
Abraço grande! Eu continuo a ver-me grega com esta ligação...
Uma ternura
ResponderEliminarcom lágrimas em riste
Que se ouça o que disse...
ResponderEliminarUm abraço amigo com votos de que 0 teu 2013 seja bem mais feliz do que aquele que nos preparam!
Troco, troco! Agora mesmo!
ResponderEliminarUm beijo
Uma mensagem cheia de sabedoria e de poesia!
ResponderEliminarAceitemos estas trocas propostas pelo Ano Novo. Ficaremos a ganhar. Usemos também a rua; é cada vez mais preciso usar a rua, dando o nosso contributo para pôr certa gente no olho da... rua.
Muito bom!
ResponderEliminarVamos trocando,vamos trocando...enquanto houver algo para trocar.
Abraço