30 setembro, 2023

MEU "NINHO" FOI CERCADO... POLÍCIA POR TODO O LADO... E CARRO, MUITO CARRO


Ao certo, não sei a quem coube a iniciativa. Sei é que fiquei cercado e de carro não podia sair por qualquer lado. Não tendo outra alternativa passei o dia a olhar para muita muita gente e, de quando em quando, ficar pasmado olhando aquele céu...

 

29 setembro, 2023

O RESULTADO DO JOGO E AS LIÇÕES DE ROGER...


Hoje sou Roger e já fui Mourinho (com alcunha adequada ao meu sangue mouro). 
Tal mudança também se repercute na idade dos netos, hoje bem mais crescidos.
Só a lição permanece como então.

(E viva o Benfica!)
 

28 setembro, 2023

O PROBLEMA DA HABITAÇÃO E A COERÊNCIA DE QUEM LUTA


“A po­breza e a de­gra­dação de ren­di­mentos trans­for­maram-se num grande quo­ti­diano pal­pável, agra­vando as con­di­ções de acesso à ha­bi­tação por mi­lhares de pes­soas, de­sig­na­da­mente em Por­tugal. No pe­ríodo entre 2017 e 2022, em que a re­mu­ne­ração média dos por­tu­gueses cresceu 11,7%, os custos de cons­trução de ha­bi­tação nova cres­ceram 21,9% e os ín­dices de preços da ha­bi­tação 63%, perto de seis vezes mais.”
A imagem e o texto fazem parte de um artigo publicado hoje no meu jornal de sempre e o tema leva-me a falar de coerência. Como sabem, mudei de casa e aluguei aquela onde vivi mais de 50 anos a uma família (e já aqui falei disso) abaixo do preço de mercado. O meu novo "ninho" (e já aqui falei disso) foi-me a alugado por quem, lendo o mesmo jornal e por coerência, me alugou o seu espaço por valores abaixo do preço de mercado. Tenho um outro T1 e estou em negociações para o alugar. Dada a sua localização (junto à Marginal, com vista para a praia e a dois passos do Vale do Jamor, podia pedir por ele uma pipa de massa, mas irei aluga-lo ao meu neto, por valores próximos daquilo que ele actualmente paga por um quarto...

É que quando se luta por maior justiça, temos de ser coerentes com essa luta!

 

26 setembro, 2023

FOI-SE A GATA E POR TROCA VEIO O MELRO... OU SERÁ QUE SE VÃO REVESANDO?

Há dois dias que a gata não aparece. Há dois dias que o melro se fica por ali... como não é possível que gato se transforme em pássaro, nem é possível que coabitem no mesmo espaço, espero que uma visita não impeça a outra e que se vão revesando... 

Perdi-me então, olhando o alegre pássaro, em histórias antigas*:

"Parecia fácil a brincadeira proposta pelo menino, não fosse o ficar fatigado e ofegante pouco depois de a ter iniciado. O menino, o cão e eu, por esta ordem, corremos atrás dos pássaros. O menino ria, o rafeiro ladrava e eu arfava. O primeiro a desistir foi o pombo, que depois de andar por ali a esvoaçar rumou para o beiral do telhado e por lá ficou, sem regressar. O esquivo melro, ia e vinha chegando a ter, de nós, uma proximidade surpreendente. Parecia ter o propósito de nos distrair e entreter. A seguir ao pombo, desisti eu. Sentei-me na relva. O menino não ficou contrariado por eu ter parado e sentou-se ao meu lado, imitando-me a posição. O cão olhava-nos desafiante, talvez o mais frustrado pela brincadeira se ter ficado por ali. A mãe do menino, continuava, na esplanada, na conversa e esquecida de que o filho também a ignorava trocando a sua companhia pela minha, um desconhecido. "Eu corro muito" disse o miúdo orgulhoso do prazer  lúdico do seu correr. - "Também corres atrás dos pássaros com o teu filho?"- "Já tenho filhas muito crescidas... corro e brinco é com os filhos delas, com os meus netos..." - "Então porque não estás a brincar com eles agora?" E lá expliquei que aquela era a semana, intervalada, em que o meu neto ficava com a outra avó e que os outros moravam longe." - "O meu pai também brinca muito comigo", disse o menino sem me olhar. Pressentindo que estava mentindo, desviei a conversa e apontei o melro - "Olha, já reparaste que o negro melro não se tira daqui?" E, para continuar, fiz um esforço para me lembrar do pouco que sabia sobre estas pequenas aves, "sabes que o passarito, que sempre andou por aqui e nem fugiu, deve ter definido este espaço como um espaço seu?..." O miúdo interessou-se e mais se interessou quando de seguida me levantei e olhei a árvore  próxima - "Se calhar há ninho e crias por aqui...". Havia. Numa pernada da pequena árvore, sob uma densa folhagem, lá estava um ninho. Dentro, quatro crias e perto a mãe. À nossa aproximação o melro cantou um cantar enrolado, belo mas agitado, como que a dar o alarme. "Vês?" -  O miúdo abanou a cabeça afirmativamente "Sim!... pega neles e leva para minha casa. Minha mãe tem lá uma gaiola, de outro pássaro que morreu..." - "Nem todos os pássaros aguentam o cativeiro, nem todos os pássaros suportam perder os filhos. Sabes? Os pais dos melros nunca abandonam os filhos, são estes que quando são mais crescidos, decidem quando vão embora?" - O menino olhou-me atentamente e, de seguida, longamente olhou a cena da mãe a dar de comer aos pequenos melros que se agitam dentro do reduzido espaço do ninho. Depois, iniciou uma corrida, direitinho à esplanada onde estava a mãe. Pensei que tinha feito um disparate e que o menino iria convencer a mãe a levar o ninho. Enganei-me. Quando ele chegou, limitou-se a abraçar a mulher e ela, surpreendida pela chegada, lhe correspondeu ao abraço, distraidamente. Ainda bem que a nossa conversa acabara desta maneira. Não saberia como contar-lhe tudo o que sei sobre melros e a natureza humana e que um dia uma boa amiga (a Janita) me contara..."

 * (junho/ 2012 - lições de vida, olhando a natureza

25 setembro, 2023

NORMALMENTE LEVANTO-ME TARDE...

OS PROMOTORES DO FAMIGERADO PROJECTO
JULGAM QUE EU SOU POUCO ESPERTO...
Levanto-me tarde... mas hoje acordei cedo e às 9h, já fora da hora de ponta, dei comigo a contar carros que saiam da Medrosa e da Estação para se fazerem à marginal...
Depois contei os que vinham em sentido contrário, os que vinham da marginal...
... mas como é que aquela gente tem a lata de dizer/escrever que mais 600 fogos a preços de endinheirados não fará crescer o tráfego em carro pois tem perto o caminho de ferro?
Amanhã, vou-me levantar à hora de ponta! Pois às 9h foi assim...





 

24 setembro, 2023

UM CONTO AO DOMINGO - I ( o meu Vale Escuro)


Nasci no Vale Escuro
Brinquei entre latas
Pulei o alão
Andei à pedrada
Escorreguei no muro
Caí no jará
Ganhei no pião.
A jogar à bola
Perdi a sacola
Mais o que trazia
A fugir ao guarda
Que nos perseguia.
Mas que bem sabia
Faltarmos à escola!

Manuel da Fonseca, aqui


Os poetas nascem onde menos se espera e eu não esperava o poema. Ele me remete para a minha infância, para o meu Vale Escuro, ali perto da escola da minha vida, daquela de que vos falei um dia.

À saída das aulas, ou aproveitando um horário não preenchido, chegávamos e quase sempre éramos muitos, 15 ou mais, para jogar à bola. Os lideres, aqueles que há muito se destacavam ou aqueles que eram ali mesmo consentidos como tais, procediam à disputa para decidir qual deveria ser o primeiro a escolher os elementos da equipa, das duas que se iriam enfrentar.

A disputa compreendia um ritual, desde sempre seguido no Vale Escuro e que consistia em cada líder se colocar frente a frente. Cada um à sua vez, ia colocando um pé à frente do outro, calcanhar do pé direito, batendo na biqueira do esquerdo, sincopadamente, estreitando lentamente a distancia entre os dois. O primeiro que conseguisse fazer com que o seu pé não permitisse a entrada do pé adversário, tinha ganho e assim, a ele, lhe competia a primeira escolha, o vencido escolhia o segundo, e cada um ia fazendo a escolha interpoladamente. Nos grupos, cada um esperava com ansiedade a altura de ser escolhido. 

Nunca eu era dos eleitos em primeiras escolhas, e raramente era dos últimos e todos eram escolhidos, pois uma regra seguida, nunca discutida (e sempre cumprida) era dar lugar a todos os que por ali aparecessem manifestando interesse em jogar. Ninguém ficava de fora. Nem os meninos, poucos, das barracas que não iam à escola, ficavam de fora.

(Conto reeditado, este foi o primeiro da série)

23 setembro, 2023

MORREU UM HOMEM BOM!


A notícia foi-me dada há pouco "Moutinho Pádua - Na morte de um homem bom" e a notícia diz mais do que eu dele terei dito antes e depois de ele, na Associação 25 de Abril, ter participado na apresentação do meu livro de que Moutinho me fez um honroso prefácio.

Se, como espero, houver lugar a uma reedição o prefácio caberá a alguém que lhe fará a justa homenagem.

Os nossos mortos não morrem!

22 setembro, 2023

MEU NOME ANDOU PELAS RUAS DA AMARGURA E A MINHA REPUTAÇÃO MALTRATADA, E LEMBREI-ME DE UMA CARTA RECEBIDA HÁ EXACTAMENTE 11 ANOS

Minha Alma está triste comigo...
e diz que tenho de voltar ao estilo antigo.
Meu Caro Eu, 
Estou desolada. Tenho acompanhado teus últimos escritos e não me revejo nas palavras usadas. Não que lhes falte a razão, a aguda crítica e, até, uma correcta visão. Falta-lhes esta, que te escreve. De vez em quando lá me sinto e revejo, para depois me ver relegada para um plano secundário e ser quase ignorada. Cuidado. Quando se assumem actos de cidadania e se parte para o combate, nunca se põe a alma de parte. Se fazes isso, acabas por te assemelhar aos que queres rejeitar. Se falas com sete pedra na mão, perdes razão. Ou pelo menos não te a reconhecem. Lembras-te das tantas vezes que citaste o mestre de que és apóstolo? Afirmaste teres aprendido, como ele, a "... não tentar convencer ninguém. O trabalho de convencer é uma falta de respeito, é uma tentativa de colonização do outro." Lembras-te?
Volta ao teu estilo antigo, meu Eu amigo. 
Um beijo da tua sempre querida
Minha Alma, tua amiga

Exactamente 11 anos depois, voltei a ler atentamente a missiva com Minha Alma por perto a medir-me a reacção. Meu Contrário, que voltou a ler comigo, segredou-me o que há 11 anos me tinha segredado: "Manda tua alma à fava". Respondi-lhe o mesmo: que lhe tinha de explicar o que é raiva...

21 setembro, 2023

NÃO, NÃO DESISTI DO LIVRO QUE ESTAVA ESCREVENDO...


A imagem não deixa dúvidas quanto à aberração do plano de urbanização onde funcionou a Fundição de Oeiras, numa freguesia já densamente povoada. Não podia passar ao lado de tal acto e cedo comecei a dinamizar o processos que levassem os moradores, as associações e clubes locais a unirem-se e, juntos, combaterem as ameaças. Já passou mais de um mês e nem mais uma linha acrescentei às poucas páginas já escritas... mas não desisti desse projecto.

Se a mobilização para a luta vai ter sucesso? O mais provável, dado os interesses em jogo, é que vença tal poder. Mas não é desprezível verificar que tendo no inicio de Setembro cerca 90 participações que agora mesmo se registem já 159 bem fundamentadas contestações ao projecto (e tal não se ficará por aqui)...

Se a minha participação tem sido fácil? Nunca é fácil ficar ao lado de uma comunidade para lutar contra tão fortes poderes a que se juntam inesperadas alianças...

19 setembro, 2023

REDACÇÕES DO ROGÉRITO - 55 (insultos)


A stora começa este novo ano escolar com um tema levado do diabo pois só o diabo se lembraria de tal tema e sem saber a que insultos me referir se aos que se dizem com todas as letras se os que são feitos por gestos pois a linguagem gestual no recreio está na moda mas não dá jeito nenhum usá-lo no espaço facebuqueano a não ser por distração ou engano.

No espaço do face é mais comum a insinuação que o insulto pois por vezes quem insulta é que fica com as orelhas a arder com emojis raivosos a chover e a insinuação deixa quem lê entre a dúvida e a certeza e o visado fica na berlinda e perde corações e gostos mesmo da parte de quem o estima.

No outro dia lançaram-me indirectas e insinuantes palavras que deixavam pairar no ar um quê de insulto. Esta redacção não ser encerrada sem uma sitação válida para o insulto ou insinuação "Essa palavras são balas que resvalam na couraça de minha indiferença"

Rogérito

17 setembro, 2023

UM CONTO AO DOMINGO - XXV (A Gata)


A Gata, estava assim, repousando deitada à minha porta de entrada, certa que acordaria à minha chegada. Embevecido com aquele quase-carinho perguntei-lhe, como era domingo, se queria que lhe contasse um continho. O miau dado pareceu-me ser um estar de acordo e, assim, passei ao conto:

"Era uma vez um gato. O gato chamava-se Gato, não por falta de imaginação ou falta de madrinhas (o Gato foi, além do "dono da casa", o primeiro macho da família). O gato chamava-se Gato porque alguém, ninguém se lembra quem, o chamara "anda cá, gato" e o Gato, de pronto, respondeu com um "miau" ternurento ao chamamento. 

Lembram-se do Gato não pelas cortinas caídas, reposteiros arranhados, ou jarras partidas em resultado daquele seu exercício de se passear, lento e dengoso, sobre as prateleiras do móvel da sala onde se expunha (e até hoje continua exposto) um autêntico acervo da memória que o "dono da casa" fazia (e faz) questão em olhar diariamente. Lembram-se do Gato porque ele era a referência da sua própria humanidade: "Se a inteligência tivesse escala, bem podíamos ser  mais humanos..." Lembram-se do Gato, pela sua habilidade em lidar com aquilo que julgava (sim ele tinha esse juízo) ser o temperamento daquela família e de cada um, isoladamente. Com a diplomacia, doçura e afectividade à medida.

Entre o "dono da casa" e o Gato havia um pacto: ele sancionava a liberdade ao Gato de ocupar todos os espaços, o Gato retribuía-lhe não ocupando o espaço que entendia ser cativo do "dono da casa". A liberdade usava-a repartindo todos os regaços e colos, mas na hora do sono ia ter com a dona para aos seus pés dormir, na hora do comer era à dona que ia pedir. Ás vezes miava, mas a comunicação preferida era a de uma agitação contida.
O Gato era um exibicionista, um verdadeiro artista. Bastava que a família estivesse reunida e sem lhe prestar atenção, ele não perdoava a distração e lá vinha aquela correria doida e o salto felino, trepando a parede ao fundo. Ele não se inibia de públicos gestos obscenos com a inesperada namorada, um peluche já com bastante uso, animal indistinto que todos jurariam ser um urso e que o "dono da casa" trouxera de Hannover, como prenda em retribuição de uma ausência... 

Um dia, na janela soalheira que escolhera para seu pouso de todas as manhãs, aconteceu. Um pombo atrevido sobrevoou-lhe o sono e o Gato, num gesto mal reflectido de resposta à provocação, quis ripostar e lá foi... pelo ar. A queda, todos a supunham mortal. O "dono da casa" desceu a escada, três lances em corrida, degraus saltados a quatro e quatro na ânsia de acudir ao Gato. Já na rua, agarrou-o a custo pois o Gato declarava o susto com as garras e com o desespero. O "dono", mesmo arranhado, ia conferindo se estavam todas as sete vidas. Estavam. 
Nessa noite, o Gato dormitou um pouco no colo do seu salvador, até adormecer, como costumava fazer, ao colo da Maria João. Da segunda vez que caiu daquele terceiro andar, nada há que contar: a experiência fez com que tudo parecesse normal.

Epílogo

Perto de um ano depois da João ter saído de casa para ocupar o pequeno apartamento da Cruz Quebrada, ligou chorosa. O Gato desaparecera. O Gato desaparecera sem deixar rasto em todos os lugares onde o procurara, em todas as portas em que batera. O "dono da casa" esboçou um sorriso triste e pensou "A densa mata do Vale do Jamor é um apelo a qualquer felino, que se danem os ratos e que se satisfaça o Gato com verdadeiras fêmeas, mais atraentes que um usado peluche..."
Mesmo na incerteza desse destino, dava-lhe descanso pensar que fora esse o que tinha tido..."
Findo o conto pareceu-me ver-lhe uma lágrima no canto do olho.  Ficou triste a Gata com tal epílogo.

16 setembro, 2023

TREZE ANITOS (TÃO BONITOS)

Ir vencer a distancia de Oeiras a Álvega, em dia chuvoso, seria razão para não ir, mas fui. Deu-me boleia a família (Minha-mai-nova, Genro & Neto, Ldª). A Maria fazia treze anitos. Treze anitos, bonitos!

A minha-mai-velha, mãe dela, fez-me a refeição adequada à minha mazela (canja de grão) e a meio da tarde todos cantámos aquela canção que tantas vezes soa (é, apesar de tudo, uma grande família.

A Maria cortou o bolo (que ela própria terá feito) e a talhada em presença foi-me dedicada. Contra todas a indicações, saborei-a lambeiro. Presentes, muitos jovens lá da aldeia, razão porque não partilho imagens de grupo... Fica esta, dela, rodeada pelas tias.

Este dia foi uma das melhores terapias!



 

14 setembro, 2023

JÁ PASSARAM 3 ANOS... NÃO PUDE IR LÁ... ("DEIXA, PAI!, SENTA-TE EM QUALQUER LUGAR A VER O MAR...")

Esta não é a praia da nossa vida... mas dá para recordar!

Tenho dias que me parece que foi ontem, outros que a partida foi há muito. Na verdade, foi apenas há três anos. Mas todos os dias me chega aquele doce odor a alfazema a envolver imagens dispersas de um passado vivido em comum e que mantenho, tão presentes, na lembrança.

Hoje é dia de ficar olhando o mar! Não aquele que passou a ser a sua morada, mas que, por recomendação de minha filha é outro o mar que me inspira e faz recordar:

«Areia Branca? Ah pois, Areia Branca. A praia onde a minha Teresa perdeu a aliança de noivado que Minha Alma lhe tinha dado. A praia onde prolongámos a Lua de Mel. A praia onde a nossa primeira filha disse a primeira palavra, a segunda teve a primeira doença e a terceira fez como a primeira. A praia onde os nossos quatro netos, com diferenças de quinze anos, foram por lá passando. Ano a ano, fazendo crescer os talheres na mesa, diferentemente posta num qualquer quintal, debaixo de tantas árvores conhecidas, mas sempre diferentes... Não escreva eu sobre os lugares por onde passámos e eles não falarão de nós.»


13 setembro, 2023

NÃO, NÃO FOMOS AOS JERÓNIMOS, NEM AOS PASTEIS DE BELÉM... A MARIA JOÃO FOI ENSINAR MEDICINA AO EGAS MONIZ


 O seu sorriso tem que se lhe diga. E também o tem a minha cara franzida. Ela sorria, pelo prazer de me ter a mim como seu chofer. A minha cara, tinha a ver com o passar à porta dos "pasteis de Belém" e não os poder comer (a minha pancreatite me disse "eh, pá!, doces não").

E onde fomos? Ao Hospital Egas Moniz a uma consulta. A nossa sonetista deu uma lição à médica, pois ela tem mais experiência que à licenciada em medicina. Autentico "vade-mécum" ia dando contra indicações ao receituário para as muitas mazelas, umas confirmadas outras carecidas de mil exames e análises... Contudo, a Maria João não se livrou de uma dose de cortisona em cada receitada toma.

De regresso, trazia eu a quadra que antes me tinha dedicado...

Não faz quadra sobre SMART
Quem o não saiba guiar...
Fico então posta de parte:
Rogério, estás-me a tramar! ;)

Ia eu a exclamar "Hirra!, és pobre e mal agradecida" quando ela me deu um agradecido beijo de despedida.

12 setembro, 2023

IR AO CENTRO DE SAÚDE... POR FORÇA DE UM PROJECTO MEGALÓMANO... SÓ DE DRONE


Deslocações ao Centro de Saúde de Oeiras, à minha Unidade de Saúde Familiar de São Julião da Barra, não é grande dor de cabeça, nem nada que se pareça, mas à hora-de-ponta não é fácil. Por vezes chego mesmo, mesmo, mesmo em cima da hora e o atraso, quase sempre se deve a dificuldades em estacionar o carro. 
Mas as ameaças, de isso de chegar em cima da hora ir passar à história, são tremendas. O tal projecto, de que já aqui falei até mais que uma vez, vai rebentar com o já difícil acesso. Veja-se o mapa.

Passar a ir ao Centro de Saúde obriga a usar drone. Só pode!

 

11 setembro, 2023

NÃO, NÃO VENHO FALAR DA GATA... MAS DO MEU NOVO CARRO


Podem pensar ser cretino, parvo, falar de um carro. Mas não me ocorre melhor para ilustrar o que todos deveríamos fazer uns aos outros: Quando erro, ela alerta-me! Quando me esqueço, ele lembra-me! Quando está em baixo, ele queixa-se! 

Não é esperto, ele é mesmo inteligente (smart)!

 

10 setembro, 2023

O IMPOSSÍVEL É, TÃO SÓ E APENAS, AQUILO QUE AINDA NÃO ACONTECEU!



Caro RAP,

Envio o convite para que foi convidado. 
Como pode confirmar, tenho tudo preparado para que não apareça...
(a menos que o faça de surpresa, o que seria surpreendente!)

Evito enviar-lhe um apertado abraço
pois posso magoá-lo 

Rogério Pereira

(O Melhor Escritor do Mundo) 

09 setembro, 2023

MANDEI-LHE UM CONVITE A GOZAR COM QUEM TRABALHA

Caro Sr. Ricardo, que também é Araújo e ainda, como eu, é Pereira,

Venho convidá-lo. 

Antes do "para quê?" deixe-me dizer-lhe que, alguém que ambos estimamos, terá escrito que "Somos todos escritores, só que uns escrevem e outros não". Eu escrevo! Entre os livros editados (todos esgotados) está o meu último "Contos Para Serem Contados" o qual, por imperativos do financiador, vai (esta 2ª edição) ser doada às crianças que frequentam o 4º ano do ensino de todas as escolas básicas sediadas no Município de Oeiras. 

Para ajuizar da importância que o pelouro da educação da CMO atribui ao meu livrinho vai a sua apresentação ser dirigida, por convite, aos Directores das ditas cujas EBs. E, como nada é inocente em tudo que abraço, vamos chatear o juízo a tão responsável plateia, projetando um vídeo. E como preciso de quem me melhore a prosa futura, estará presente um reputado crítico literário. E como preciso de alguém que saiba gozar com quem trabalha, venho convidá-lo a si.

A data/hora, ainda a confirmar, será a tempo comunicada, assim como o local.

Sobre a obra obrada, dou-lhe conta de um balanço feito às jornadas da 1ª edição bem como a reportagem de uma sessão memorável.

Se achar que a sua decisão fica ainda pendente da leitura de tal escrita, mande uma morada para onde remeter a dita. Caso não, mande na mesma.

Sem mais, pois que já é muito, termino com um,

Expectante abraço, deste seu admirador,

Rogério Pereira

08 setembro, 2023

O QUE ME EMOCIONA...


Um raio de sol 


O que me emociona

não é pensar que te amei

o que me emociona

é pensar no amor

que poderia ter sido

aquela imperfeita união. 


O que me emociona

é um rosto

a recordação de um rosto

calmo mas receoso

e incrédulo

num labirinto de vidro. 


O que me emociona

é que uma vez acontecido

não voltará a acontecer. 


O que me emociona

é que me entrou em casa

um raio de sol

e isto não é uma metáfora.

   LUIS RODRIGUES


05 setembro, 2023

COM MAIS DE 90 ANOS... E PARTICIPA! BOA?



O PROJECTO DA FUNDIÇÃO ESTÁ PENSADO POR QUEM
QUER DESTRUIR O SENTIDO DA VIVÊNCIA EM COMUNIDADE
O Bairro da Medrosa, com cerca de 250 fogos, assinalou há 3 anos o seu cinquentenário, e é um bairro onde o sentido da vivência em comunidade ainda vai sobrevivendo. Quem lá iniciou a sua vivência pode testemunhar como os moradores se juntaram organizando-se para lutar por tudo o que ali não havia.
A foto, tirada no refeitório da Fundição de Oeiras é de 1973, e mostra alguns dos elementos de tal Comissão de Moradores. Damos aqui particular destaque à senhora de cabelo mais claro. Ela nos fez, voluntariamente, chegar um "papelinho" que não podemos deixar de (com seu consentimento prévio) publicar, pois manifesta "dificuldades" numa perspectiva muito crítica, nos domínios da mobilidade.
Ela, a autora, com 92 anos é a memória viva do poder de uma comunidade que quer continuar a lutar e para que não se perca a relação estreita entre vizinhos. Relação essa que o Projecto arrasa.
Para que se perceba melhor, veja-se a tal memória de "Um Bairro Que Tem Gente Dentro".


 

03 setembro, 2023

PAULO RAIMUNDO (TAL COMO FRANCISCO, MERECIA SER MAIS OUVIDO!)


A intervenção do Secretário Geral do PCP, hoje, foi muito centrada na luta e na realidade Nacional, mas na  abertura da Festa do Avante, disse mais ou menos isto sentindo-se, como eu, Francisco:
“Estou muito longe de poder responder à questão sobre se é certo fornecer armamento aos ucranianos. O que está claro é que as armas estão a ser testadas naquela terra. Os russos sabem agora que os tanques são de pouca utilidade e estão a pensar noutras alternativas. As guerras são travadas para isso: para testar as armas que produzimos”,  
Papa Francisco, aqui, citado por mim

01 setembro, 2023

AINDA NÃO SEI SE VOU ESTAR NA FESTA... TEMO QUE O MILAGRE NÃO CHEGUE A TEMPO!

Tenho andando, contra o meu hábito, arredado deste meu espaço. Em geral, passo pela blogosfera em modo apressado sem me deter nem a ler nem a escrever... Isto porque meti ombros à tarefa quixotesca de criar um movimento visando o impossível, ou seja, fazer parar um projecto megalómano de que aqui já deixei rasto...

Mas o pior nem é isso. O pior mesmo é a minha saúde que põe em perigo o poder estar onde queria tanto estar (e só uma vez faltei)

Ah, esta maldita dor... Temo que o milagre não chegue a tempo!